Pages - Menu

terça-feira, 30 de abril de 2013

Filme: Homem de Ferro 3






Título Original: Iron Man 3
Elenco: Robert Downey Jr., Ben Kingsley, Don Cheadle, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Jon Favreau, Guy Pearce, Rebecca Hall
Direção: Shane Black
Gênero: Ação
Duração: 130 min.
Distribuidora: Walt Disney
Classificação: 12 Anos
Quando Tony Stark tem sua vida pessoal destruída, embarca em uma angustiante busca para encontrar os responsáveis. Sem saída, Stark é deixado para sobreviver por conta própria, confiando em seus instintos para proteger aqueles mais próximos a ele. Enquanto busca o caminho de volta, ele descobre a resposta para a pergunta que secretamente o atormentava: o homem faz a armadura ou a armadura faz o homem?
Fonte: Cinemark
Não costumo falar sobre o que assisto, mas o filme me deixou tão eufórica que decidi dar meus pitacos sobre ele.
Em Homem de Ferro 3, temos um Tony Stark muito mais maduro e porque não mais humano por conta de seu relacionamento com Pepper. Ele está com medo de não conseguir proteger a pessoa que mais ama como vemos no próprio trailer e está tendo crises de ansiedade devido a essa insegurança que o atingiu após o ataque alienígena que a Terra enfrentou em Os Vingadores, o que acaba sendo o motivo pra ele se dedicar cada vez mais a fabricação de novas armaduras.
Quando ele totalmente focado em seus conflitos internos, descobre a ameaça atual que se denomina como Mandarim, um vilão que aparentemente ataca os EUA por motivos políticos, mas não se propõe a intervir e deixa tudo por conta do Patriota de Ferro até que em um desses ataques, um fato inesperado desperta a atenção dele para a cena do crime e as condições em que esse terrorista destrói os lugares sem deixar vestígios.


Primeira dica a quem ainda não foi assistir é esqueça TUDO o que você viu no trailer, pois por mais previsível que pareça no trailer, o filme surpreende pois não é nada daquilo que fica subentendido. 
O filme tenta trazer uma carga mais dramática e mostrar mais o lado humano de Tony, o que faz com que a armadura fique de lado em boa parte do filme. Portanto, a um excesso de piadas em alguns momentos que não deixam o filme ganhar uma densidade maior que eu gostaria de ver e isso foi uma das coisas que me deixaram um pouco frustrada por esperar que esse filme fosse um pouco mais sóbrio que os anteriores, mas que fazem a alegria dos fãs que vão ávidos por Downey Jr. e suas tiradas inteligentes em cena.


O ponto alto pra mim foi o destaque que Gwyneth Paltrow ganhou na trama na pele da mocinha Pepper Potts que apesar de já esperar, não imaginava o quanto isso enriqueceria a trama. O que mais me decepcionou de longe foi a composição do personagem Mandarim, mas não há como citar os motivos sem revelar spoilers, então quando vocês assistirem, provavelmente entenderam a minha tristeza, rs. Não significa que ele não seja importante ou que seu papel não seja interessante, mas eu esperava que ele exercesse uma influência diferente na trama.
Confesso que eu fui pro cinema com muita sede ao pote e um sentimento de saudade já, pois tinha lido que o ator Robert Downey Jr. não pretende ficar por muito mais tempo na pele de Tony Starks nos cinemas e provavelmente a última aparição dele será em Os Vingadores 2 previsto para 2015 conforme entrevista concedida por ele a revista americana GQ que foi divulgada no site Adoro Cinema. De certa forma, Tony Stark tem muito em comum com o ator que deu vida a ele nas telonas e obviamente, não será fácil achar alguém a altura de substituí-lo no caso de continuações. Além dessas minhas reflexões sobre a saída dele ou não, passei a semana em um intensivo de Os vingadores pois ainda não tinha visto porque ano passado não consegui ver no cinema e fui adiando até que passou na TV paga e assisti 4 vezes.
De toda essa franquia da Marvel envolvendo Homem de Ferro e outros heróis, de longe pra mim o favorito é Os Vingadores que foi onde presenciei a melhor atuação do Downey Jr. e na trilogia o segundo filme ainda é o que mais intrigou, mesmo tendo alguns exageros.
É um filme que cumpre seu papel de entreter o público, mas que poderia ter fechado melhor a trilogia já que deixa sinais nítidos de que não haverão outros filmes exclusivos do herói e que ele terá que ser totalmente repaginado para voltar em Os Vingadores já que está totalmente mudado. Mas com certeza tem pessoas que amaram o filme sem ressalvas, por isso está recomendadíssimo.
Obs.: Só não falo sobre a cena pós créditos pois uma formiga picou a bunda do meu filho e ele deu um chilique digno dos seus 6 anos pra sair da sala quando subiram as letrinhas e a mamãe aqui não pode ficar mais pra conferir. Portanto, aguardem para conferir.
"Muitos me chamam de terrorista, mas eu me considero um professor. Primeira lição: Heróis, não existem" (Mandarim)


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Resenha: Seraphina




Título: Seraphina
Autor(a): Rachel Hartman
Editora: Jangada
ISBN: 9788564850286
Páginas: 384
Ano: 2013
Skoob | Comprar
Décadas de paz pouco fizeram para diminuir a desconfiança entre seres humanos e dragões no reino medieval de Goredd. Criaturas extremamente inteligentes que podem assumir a forma humana, os dragões frequentam a corte como embaixadores e usam sua mente racional e matemática em universidades, como estudiosos e professores. No entanto, à medida que o aniversário do Tratado de Paz se aproxima, o clima começa a ficar perigosamente tenso. Seraphina Dombergh, uma garota de 16 anos com grande talento para a música, tem um terrível segredo e razões para temer humanos e dragões. Ela se torna assistente do compositor da corte justo quando um membro da família real é encontrado morto, devido a um ataque muito ao estilo dos dragões, isto é, com a cabeça arrancada a mordidas. Seraphina, com sua inteligência e senso de humor ácido e feroz, passa a colaborar com as investigações, ao lado do capitão da Guarda da Rainha, o sagaz e encantador Príncipe Lucian Kiggs. Enquanto eles começam a encontrar pistas de uma trama sinistra para destruir a paz, a fachada cuidadosamente construída por Seraphina começa a desmoronar, tornando cada vez mais difícil manter seu segredo, cuja revelação seria catastrófica em sua vida.
Esse livro foi cedido como cortesia pela Editora Jangada.
Preciso começar dizendo que devido a classificação desse livro no goodreads, que você pode conferir aqui, comecei a leitura com um pé bem atrás porque eu costumo ser do contra e quando todo mundo gosta, eu detesto. Felizmente, esse eu gostei como a maioria, rs. Acredito que o que me encantou é que faz tempo que não leio nada com ambiente medieval e estava sentindo falta, fora que a personalidade da protagonista me conquistou.
Seraphina nos trás nada menos do que a estória de Seraphina Dombergh, uma jovem com uma habilidade indiscutível para música que mesmo carregando um grande segredo, contraria seu pai e vai trabalhar como assistente do compositor extremamente exigente da corte Viridius sendo escolhida entre mais de 20 concorrentes, ficando assim, cada vez mais exposta e ameaçando seu segredo. Paralelamente a entrada dela na corte e próximo de completar 40 anos do Tratado de Paz entre humanos e dragões, um dos membros da família real - Príncipe Rufus - aparece morto, com evidências de que foi atacado por um dragão, o que faz com que a paz entre as raças fique ameaçada.
Os dragões não tem alma. Ninguém esperava religiosidade da parte deles.
Página 12
Com uma narrativa calma e carregada de detalhes como esperado para uma história ambientada em uma época medieval com dragões, a autora constrói a protagonista Seraphina e todo o enredo composto pela tensão da situação do reino sem pressa, mas não cheguei a me sentir entediada devido a intensidade dos acontecimentos e a quantidade de personagens envolvidos, enquanto para alguns talvez as primeiras 100 páginas foram entediantes para mim, tudo fez sentido desde o começo basta focar bem detalhes da rotina da protagonista. O mundo criado por Rachel, é único pra mim pois nunca li nada próximo antes, mas que não tive dificuldade de acompanhar devido a riqueza de detalhes com que a autora nos dá durante a narrativa. E assim também é com os personagens que  mesmo sendo muitos, cada um explorado no tempo certo.
A estória é narrada pelo ponto de vista de Seraphina e ela logo encanta a Princesa Glisselda, durante as aulas de música, além de conquistar a confiança do Príncipe Lucian Kiggs, no decorrer das investigações da morte de seu tio devido a sua coragem e determinação. Espero que em especial esses dois personagens tenham sua trama mais explorada, pois prometem grandes feitos ao longo da série. Sua relação com o seu professor Orma e seu pai Claude, também me cativaram pois a relação de amor e respeito é muito bonita.
Tem um pouco de romance no livro, mas não é o foco maior da trama. As partes mais românticas ficam por conta da revelação do passado dos pais da protagonista e fatos inesperados no destino de Seraphina, que não posso dizer quais por considerar spoiler.
Mil arrependimentos tive no amor,
Mil vezes desejei mudar o passado.
Eu sei, meu amor, não há caminho de volta,
Não há como renegar nossos mil deveres.
Temos de seguir com o coração pesado.
Mil arrependimentos tive no amor,
Mas de você nunca me arrependerei.
Página 308
Um dos meus maiores medos quando iniciei a leitura, era como a autora abordaria essa habilidade dos dragões em assumir a forma humana e o quanto ela faria com que as duas raças se "igualassem", mas isso fica mais na aparência física do que na personalidade já que os dragões pouco conseguem entender dos nossos sentimentos e aparentemente temem as emoções humanas. 
A proximidade que temos da situação da protagonista e suas análises em torno desse universo entre humanos e dragões que vai nos fazer amar ou detestar o livro. Será impossível gostar do livro sem torcer pela personagem, posso me arriscar dizer que a essência de tudo que acontece, é a própria protagonista.
Com uma diagramação simples e uma revisão impecável - eu não achei nenhum erro durante a leitura - Seraphina promete ao leitor - e cumpre - grandes aventuras durante as suas mais de 300 páginas, além de contar com extras ao fim da edição com o nome de todos os personagens e um glossário, além da tradução de um conto que faz parte da série, mas não recomendo a leitura dele antes da leitura do livro pois pode não ser tão aproveitado. O desfecho é satisfatório, a autora encerra todos os conflitos apresentados para esse capítulo, sem deixar de fora os ganchos para a sua continuação que promete demorar, tendo em vista que o segundo livro ainda não saiu. 
Apesar de saber que é uma série, não sei ainda quantos volumes serão, mas acredito que possam ser até quatro pois assunto e criatividade pra isso a autora tem, tudo vai depender de como será evoluído o próximo livro, que provavelmente só sai por aqui em 2014.
Leitura mais do que recomendada para quem gosta de literatura fantástica bem construída e, claro, de dragões. Certeza que você nunca viu dragões como esses.
Confira também o book trailer do livro:


sábado, 20 de abril de 2013

Resenha: Laços Inseparáveis



Título: Laços Inseparáveis
Autor(a): Emily Giffin
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788563219473
Páginas: 448
Ano: 2012
Skoob | Mais Informações
Marian Caldwell é uma produtora de televisão de 36 anos, vivendo seu sonho em Nova York. Com uma carreira bem-sucedida e um relacionamento satisfatório, ela convenceu todo mundo, inclusive si mesma, que sua vida está do jeito que ela deseja. Mas uma noite, Marian atende a porta... para apenas encontrar Kirby Rose, uma garota de 18 anos com a chave para o passado que Marian pensou ter deixado para trás para sempre. Desde o momento que Kirby aparece na sua porta, o mundo perfeitamente construído de Marian — e sua verdadeira identidade — será chacoalhado até o fim, fazendo ressurgir fantasmas e memórias de um caso de amor apaixonado que ameaça tudo para definir quem ela realmente é. Para a precoce e determinada Kirby, o encontro vai provocar um processo de descobrimento que a leva ao começo da vida adulta, forçando-a a reavaliar sua família e seu futuro com uma visão sábia e doce. Enquanto as duas mulheres embarcam em uma jornada para encontrar o que está faltando em suas vidas, cada uma irá reconhecer que o lugar no qual pertencemos normalmente é onde menos esperamos — um lugar que talvez forçamos a esquecer, mas que o coração se lembra eternamente.
Opinião da colunista Thalita
Laços Inseparáveis fala sobre o quão prejudicial uma mentira pode se tornar. Marian é uma produtora de tv que mora em Nova Iorque e leva uma vida aparentemente perfeita. Kirby tem 18 anos e está prestes a entrar na vida adulta e vai atrás de Marian para que elas resolvam uma pequena situação. E quando Kirby aparece na vida de Marian tudo no mundo de ambas se transforma, Marian terá que reabrir feridas do passado para que Kirby possa seguir em frente. 

A história do livro é bastante tocante, a Emily conseguiu apresentar dois mundos totalmente diferentes e depois os unir de forma perfeita. A ponte que liga os dois mundos trata sobre assuntos bem delicados, como o aborto e a adoção, e é construída sobre uma base mais delicada ainda, uma mentira. Você conseguiria perdoar alguém que mentiu para você sobre algo muito importante? Aliás, você conseguiria contar para alguém que escondeu durante anos uma coisa muito importante sobre ele?

Eu gostei bastante do livro, apesar de o tema ser um pouquinho clichê em alguns pontos, gostei da forma como ele foi desenvolvido. Adorei os personagens, são todos bastante diferentes mesmo, mas cada um tem um ponto positivo que vale a pena ser relatado e o livro não tem personagens ‘inúteis’ sabe? Exemplo, personagens que aparecem no livro, mas não tem uma função básica. Nesse livro todos os personagens ajudam a compor e entender a história.

Não existem muitos pontos que eu não tenha gostado na história e os pontos que eu gostei acabam sendo um spoiler, mas um deles acaba não sendo, eu não gostei tanto da construção da Marian, no começo ela é determinada, mas a partir do momento que a Kirby aparece ela passa a agir um pouco adolescente demais, com dramas típicos de personagens adolescente e essa foi uma coisa que eu não gostei tanto, acho que ela poderia ser um pouco mais determinada e agir mais de forma mais madura. Mas essa ‘falha’ na Marian é ‘corrigida’ com a Kirby, que se mostrou muito mais madura do que eu poderia imaginar, ela toma atitudes bem legais durante o decorrer da história e ganha disparado como a melhor personagem do livro.
A narrativa é toda em primeira pessoa pelas protagonistas Marian e Kirby com revezamento de capítulos.
Sobre o livro em si, amei a diagramação, os detalhes das flores nas páginas são super delicados e fofos.

Um detalhe como esse em todas as páginas :3
Eu gostei da forma como o nome do livro foi impresso na capa, mas não gostei tanto da capa, não consegui achar uma ligação entre a capa e a história. A capa é bonita, mas não condiz com a história. 
Bem pessoal acho que é isso que eu tinha para falar sobre o livro. Curtiram a resenha? Já leram o livro? Pretendem ler? Conto com a opinião de vocês pessoal *-*. 

Beijos,
Tha.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Resenha: P.S. Eu te Amo





Título: P.S. Eu te Amo
Autor(a): Cecilia Ahern
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581630625
Páginas: 368
Ano: 2012
Skoob | Mais Informações
Gerry e Holly eram namorados de infância e ficariam juntos para sempre, até que o inimaginável acontece e Gerry morre, deixando-a devastada. Conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas nas quais Gerry, gentilmente, a guia em sua nova vida sem ele. Com ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dançar e ser mais corajosa do que nunca.
Opinião da Colunista Marina
Já faz algumas semanas que eu terminei a leitura do livro - "P. S. Eu te amo", e confesso que me surpreendi com o livro, ele é maravilhoso, emocionante e em partes engraçado, agora só me resta ver o filme e ver as suas difrenças. 

Quando comecei a ler o livro várias perguntas vieram parar na minha cabeça, esse livro é muito emocionante e mexe com as emoções, eu parei e pensei, isso pode acontecer com qualquer pessoa. Quem nunca ficou sabendo de alguém que morreu por conta de uma doença? Quem nunca ficou de luto por uma pessoa que ama? Quem nunca sofreu por alguém que tenha perdido, e depois não sabe mais como se reerguer e continuar a viver? Tem coisas que são chocantes e muito tristes, mas tem partes que nos deixam com uma vontade de seguir em frente e passar por tudo como um trator.


A personagem principal Holly, é uma dessas mulheres normais, que tem uma família, um marido que ama, que não tem um emprego definido, que tem sonhos e ideais. Mas em um certo momento de sua vida, acontece o que ela nunca pensava que aconteceria, seu marido Garry fica doente e acaba falecendo. Ele era a pessoa que ela mais amava - mesmo que antes não reparasse - , a pessoa que ela dividiu mais de quinze anos de sua vida, e agora, ela se encontra sozinha  o que faz com que automaticamente ela seja mais cobrada pela vida.
P.S. Eu Te Amo, Holly, eu sei que você me ama. Mas você não precisa das minhas coisas para se lembrar de mim, não precisa guardá-las como prova de que eu existi ou de que ainda existo em sua mente.Não precisa sentir as minhas blusas para me sentir perto; já estou ai...sempre abraçando você. 
Página 101 

O livro nos mostra situações corriqueiras que acontecem com as pessoas na vida real, como é difícil se reerguer de uma perda, ainda mais de uma pessoa que se está convivendo todos os dias de sua vida. Mas o que mais me chamou a atenção, é que depois de todo o ocorrido, todos os seus amigos e familiares tentam ajudá-la a superar, mas ela se sente perdida, como se todos já tivessem superado a morte de Garry e ela não conseguia ver da mesma forma que os outros a sua partida, isso a deixa ainda mais pra baixo.

O inesperado é que uma promessa feita em uma brincadeira pelo seu marido se concretiza. Garry deixou uma lista do que ela deveria fazer após a sua morte, sendo assim, ela deveria abrir uma mensagem por mês, Garry acabou achando um jeito de fazer Holly continuar a viver sem ele, a ensinou a ser corajosa. Isso eu achei extremamente lindo, chorei algumas vezes nas suas mensagens, acho que não preciso nem dizer o por que do significado do P.S. Eu te Amo, só digo que tem a ver com as mensagens.

É um livro muito emocionante, eu fiquei super triste com o seu final, porque eu realmente queria mais da história, mas o livro não é apenas triste, ele tem as suas doses engraçadas e hilárias. Eu comprei e não me arrependi, a capa do livro eu achei linda, apesar de ainda não ter visto o filme, e já sei que tem algumas diferenças. Cada capítulo inicia com uma página desenhada linda, que deixa o livro com um ar romântico. A diagramação é boa, apesar do livro ser extenso não tive dificuldade em ler, eu me cativei tanto com a história que li muito rápido, quando vi já estava faltando duas páginas para acabar.

Bjkas
Marina ;)

domingo, 7 de abril de 2013

Resenha: Metrô 2033




Título: Metrô 2033
Autor(a): Dmitry Glukhovsky
Editora: Planeta
ISBN: 9788576655473
Número de páginas: 415
Ano: 2010
Skoob
Países inteiros destruídos, florestas devastadas, escassez de alimentos e água. O ser humano já não tem mais o comando sobre a Terra. Novas formas de vida a dominam. Um desastre nuclear varreu a superfície terrestre e obrigou os poucos sobreviventes a uma existência sem sentido e sem esperança nos túneis do metrô de Moscou.
É nesse cenário pós-apocalíptico que Dmitry Glukhovsky traz o tema que enche o ser humano de curiosidade e incerteza: a possibilidade do fim do mundo. Metrô 2033, que inspirou a criação de um dos games mais eletrizantes da atualidade, cria uma atmosfera caótica ao tentar mostrar como se comportaria um ser humano em um ambiente onde o que predomina é o instinto de sobrevivência.
Opinião do Colunista Guilherme
Metrô 2033 é um dos melhores livros de ficção que já tive o prazer de ler. Meu primeiro contato com a obra foi através do game, o qual achei consideravelmente bom e me atraiu para saber mais sobre o universo criado por Dmitry. Para minha grata surpresa, o livro supera em muito a trama do game, com detalhes criativos que estabelecem bem o cenário e questionamentos dolorosos sobre política, moral e religião e como o ser humano se encaixa em tudo isso.

A premissa é bastante simples: uma guerra nuclear devastou a superfície do planeta e os poucos sobreviventes moram em metrôs. As diversas estações agora são como nações onde as pessoas dormem, trabalham e fazem o possível para sobreviver. Nesse contexto, Artyom, um jovem russo que passou sua vida inteira dentro do metrô e nunca viu o céu, é mandado em uma missão de suma importância, que pode decidir o destino dos habitantes de sua estação e talvez até mesmo de todo o metrô.

Até aí nada muito diferente de um livro de aventura. O diferencial está na jornada de Artyom. Ela não é focada apenas no objetivo a ser cumprido; pelo contrário, seu foco está principalmente nos aspectos do metrô e nas impressões que ele têm conforme avança. É aí que o autor usa o cenário pós-apocalíptico para expor o pior (e o melhor) do ser humano. Pois o metrô não é um lugar pacífico. O metrô é a nova biosfera da humanidade, onde crenças e ideologias conflitantes, antes separadas por milhares de quilômetros, agora estão há apenas algumas centenas de metros umas das outras.
A disponibilidade de lugares no paraíso é limitada; só no inferno o acesso é aberto a todos.
Página 209
Existe uma eterna guerra entre o Partido Comunista e o Quarto Reich. Estações dominadas por satanistas ou por religiosos fanáticos. Monstros oriundos da radiação na superfície atacando o subterrâneo. Uma fraca tentativa de governo central e muito mais acontecendo nesse mundo caótico. Dmitry mostra que nem mesmo o holocausto nuclear será o suficiente para o ser humano aprender sua lição. O conflito sempre existirá.

Mas nem tudo é desgraça no metrô. Ainda existem bons camaradas tentando fazer o seu melhor e as crianças não deixaram de sonhar. Mas a vida nele é muito dura e o livro expressa isso muito bem nos detalhes. Por exemplo, o fato de usarem cartuchos de munição como moeda corrente.

Será que, na verdade, a persistência com que seguia sua jornada influenciava os eventos futuros?
Página 236 
Recomendo esse livro para todos que apreciam uma progressão lenta porém rica da trama. Não encontrarão em Metrô 2033 muitos momentos de ação intensa, pois ele é bem realista em se tratando de como as pessoas agem. O que o livro contém são vários momentos de tensão, com situações perigosas e perturbadoras. É um livro consideravelmente pesado, que não poupa ninguém para mostrar a hostilidade de seu mundo. 

Não recomendo para aqueles com estômago fraco ou que não tenham muita paciência para esperar a trama se desenvolver. Ao longo do livro você talvez se veja pensando sobre suas próprias crenças e até onde elas podem ser benéficas ou maléficas. Quando um livro consegue fazer isso, você sabe que ele é bom.

PS: Um último detalhe interessante é que na capa 2 do livro há um mapa do metrô de Moscou, com legendas mostrando quais estações são dominadas por quais facções. Não é um mapa perfeito e muitas vezes você irá se perder nele, mas é um bom adendo para acompanhar a jornada de Artyom.

#SemanaDoEbook - Promoção


semanadoebook

Chegou o momento que todos que acompanharam a Semana do E-book esperavam: promoção! \o/
Agora que todos estão um pouco mais por dentro do assunto vão poder usufruir de boas leituras. Bacana, né?
Duas editoras apoiaram a semana e, gentilmente, cederam títulos de e-books de seus catálogos. A Cia das Letras, cedeu para sorteio "A Menina Que Fazia Nevar", de Grace McCleen; e a Editora iD contribuiu com cinco título a escolha do vencedor de seu catálogo.
Para participar, basta preencher o formulário abaixo. Não se esqueça de ler o Terms & Conditions para saber as regras!
Boa sorte a todos e obrigada por acompanhar a Semana do E-book!

a Rafflecopter giveaway

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Dicas de compra #2: Por que comprar pela internet?



Esses dias alguém me perguntou se eu costumo comprar livros novos pela internet e comecei a refletir sobre isso e compartilhar com vocês um pouco de como foi que comecei a comprar produtos pela internet. Apesar de o blog ter pouco mais de um ano, eu me rendi ao comércio eletrônico aproximadamente 5 anos atrás. Confesso que não foi um processo fácil porque sempre tive medo de ver os meu dados vagando pela internet. Aí você deve pensar o que foi que fez que eu me redesse, com certeza a conveniência de não precisar sair de casa para comprar algo que eu preciso sem muita urgência e, ás vezes (na maioria das vezes eu confesso), com preços muito mais atraentes do que em uma loja física e sem o desgaste de vendedor me empurrar o que não quero coisas que vejo muita gente que detesta aceitar simplesmente por não confiar em compras on-line. 
A primeira loja que me tornei cliente foi a UltraFarma que eu já tinha o hábito de comprar remédios e algus outros produtos por telefone desde quando o Arthur nasceu e a segunda Submarino - no qual tenho uma relação de amor e ódio, rs - que comecei a comprar várias coisas pra casa (telefone, aparelho de som, celular, etc), além de sempre achar produtos em conta como livros, CD's e DVD's.


Hoje em dia 80% das minhas compras são pela internet, as únicas coisas que eu eu ainda não compro muito são artigos de papelaria, sapatos e roupas porque esses eu preciso ter em mãos pra me decidir, rs. A diferença de preços muitas vezes é assustadora. Quer um exemplo simples? Um livro chega a custar até 70% mais barato on line do que um livraria física da mesma loja. Lembro que certa vez fui buscar um pedido na Saraiva e um mesmo livro que eu havia pedido pelo site por R$ 6, estava R$ 26 na loja. Absurdo? Depende de como você encara isso, na loja você vai comprar e sair com seu livrinho na mão, naquele exato momento que comprou pela internet, vai levar alguns dias e você muitas vezes tem que exercitar a paciência esperando o produto chegar.


Uma das várias formas de você economizar dinheiro na internet, são sites de compras coletivas e descontos como a CupoNation e o Groupon que tem como objetivo, reunir preços justos espalhados por toda a web e permitir que compre muito mais fazendo com que seu dinheiro de certa forma se multiplique. No caso do CupoNation reúne desde as lojas mais conhecidas do mercado como Submarino, Casas Bahia, Ponto Frio, Ri Happy, FNAC e Dafiti, até as menos conhecidas, porém muito bacanas como Airu (que é uma espécie de mercado livre, só que somente com artesanatos e a compra direto com quem produz) e Lojas MM. Por outro lado, Groupon já é mais conhecido por descontos em produtos e serviços como descontos em bares, restaurantes e passeios com a criançada. Ai você pensa: Mas eu vou ter que entrar todo dia no site pra saber se tem desconto? Não, quando você se cadastra em algum desses sites, passa a receber o alerta periodicamente informando os descontos.


Outra forma que também utilizo bastante, são os sites de comparação de preços Buscapé, Zoom e   BondFaro. Eles simulam a famosa pesquisa que a gente já faz na vida real - eu pelo menos costumo fazer - de uma forma mais prática reunindo diversas lojas em um único lugar e tornando a comparação mais conveniente e prática. Em alguns casos, tem lojas que fazem parcerias com esses buscadores oferecendo descontos em algumas categorias da loja, o que sempre é vantajoso para o consumidor final - nós.
Perceberam que o maior segredo de economizar nas compras pela internet é a pesquisa? Pois é, dependendo do produto é bom ter muita paciência e sempre ficar de olho nos e-mails de promoção para saber quando realmente um preço é vantajoso, recebo todos os dias falsas promoções de lojas grandes por e-mail que iludem que não está acostumado a comprar pela internet, mas que por mim já não passam mais despercebidas.

terça-feira, 2 de abril de 2013

#SemanaDoEbook - Mercado



Assim como a Rapha do Equalize da Leitura citou no post de dela ontem sobre os e-readers, nós nos unimos para falar sobre os e-books essa semana por conta de todas as discussões que vem surgindo referente ao assunto desde a chegada dos e-readers no Brasil em dezembro do ano passado. Li meu primeiro e-book em torno de 5 anos atrás no celular, era um artigo da faculdade em formato java por não ter dinheiro pra imprimir. Não tinha a possibilidade de fazer muitos ajustes de fonte e nem anotações, no máximo marcar algumas citações para serem lembradas depois, só que mesmo assim eu comecei a me encantar pela praticidade que ele poderia me trazer.
Na época a Amazon tinha acabado de lançar o primeiro Kindle, por cerca de U$ 200, se não me engano e eu nem imaginava toda a evolução que ele traria para o mercado editorial pois não foi o primeiro aparelho com essa proposta. Posso até me arriscar em dizer que a Amazon ao trazer o Kindle reinventou o mercado e, porque não, valorizou o e-book como produto além de pensar em novas maneiras de vender o próprio livro fisíco.
Confissões a parte, um dos maiores sonhos (ou desejos, chame como preferir) das pessoas que como eu já aceitavam os e-books antes da chegada dos e-readers, era que a chegada tão esperada da Amazon.com.br, iria mudar radicalmente, da noite pro dia, os preços e a aceitação dos e-books porque o e-reader chegaria mais barato e o preço do e-book cairia, mas óbvio que não foi assim. Os motivos são bem simples, mas o principal é: os consumidores brasileiros hoje, são bem diferentes dos americanos que receberam o Kindle 5 anos atrás. Enquanto hoje nós já temos tablets e smartphones como dispositivos de leitura de e-books além de fazer outras coisas, o Kindle era uma novidade que diminuiria a pilha de livros, com uma tela que reproduzia o conforto de uma leitura no papel.

Imagem retirada do site Info Online
Muita gente me fala que o produto livro em geral é caro seja ele digital ou físico, e por isso não se permite comprar o tanto que eu compro. Até dezembro, eu usei muito o argumento de que quando a Amazon chegasse ao Brasil, isso provavelmente mudaria porque ela viria com um site similar ao maravilhoso Amazon.com que a gente já conhece, mas isso não aconteceu e lendo alguns artigos sobre vendas de livros, pude perceber que os livros passaram por uma discussão similar sobre o preço cerca de 50 anos atrás com a chegada das versões pockets que eram muito mais baratas que as versões normais e que forçaram uma queda de preços significativa naquela época. O que impulsionou isso antes e agora (não no mercado brasileiro, mas nos EUA), foi a auto-publicação que apesar de sabermos que no modo tradicional tem um custo elevado em e-book, o custo diminui muito, mesmo o autor custeando revisão, capa e divulgação que faz que o preço pro consumidor seja mas baixo. A auto-publicação já mexeu com o mercado em outras épocas que algumas pessoas já falam que ela é uma ameaça ao processo tradicional de publicação, o que eu discordo totalmente, acho que só tende a mostrar novas tendências de vendas e trazer mais diversidade de conteúdo. 


Na questão de composição do preço e-book, ficamos de frente com vários fatores pois o consumidor que poderia se sentir atraído em comprar o e-book não aceita que uma versão impressa seja, algumas vezes, mais barata como é o exemplo do livro Crônicas de Nárnia- Volume Único de C.S. Lewis que tem um preço de tabela por volta dos R$ 90, mas é fácilmente encontrado no submarino entre R$ 20 e R$ 30. Entretanto, sua versão digital não custa menos de R$ 63,90. Óbvio que você já viu por aí que as editoras tem se comprometido a trazer a versão digital por um valor 30% a 40% mais barato que o preço da tabela do impresso, mas com essas diversas promoções que os impressos tem e o os e-books ainda não, isso não fica tão aparente. Também interfere no valor a procura que ainda é muito baixa e não ajuda a alavancar a concorrência. Acredito que agora é aquele momento em que você pensou a seguinte frase, ou algo parecido:
- Mas a editora economiza com papel, tinta e transporte nas vendas já que não precisa deslocar fisicamente os e-books. Isso não deveria reduzir os preços?
A resposta é não. A versão digital ainda paga por direitos autorais, revisão, editoração e distribuição como as versões impressas e, mesmo que não se gaste imprimindo o livro, se gasta com DRM (digital right management) para evitar a cópia ilegal (pirataria) do e-book, que gera prejuízos que já foram intensamente discutidos pelas gravadoras. Resumindo, acaba sendo quase a mesma coisa, conforme mostra esse gráfico do site Revolução e-book sobre a divisão de custos para a produção de um e-book com o valor de R$ 30 de abril/2012.


Como você pode perceber a distribuidora, da mesma forma dos livros físicos, também está presente no comércio dos livros digitais, a mais conhecida e falada nos últimos tempos foi a Xeriph que negociou em nome de algumas editoras muito conhecidas com a Amazon e foi citada em alguns sites de notícias e jornais.
Apesar de alguns leitores acharem que o e-book é um texto sem graça, sem nenhuma diagramação específica inspirada no conteúdo, as editoras se preocupam muito com a diagramação atrativa dos e-books, que eu reconheço ser mais trabalhosa pois tem que ser elaborada de uma forma que se adeque a diversos aparelhos com caracteríticas similares, mas nem sempre totalmente compatíveis, como no caso dos tablets serem coloridos e nos e-readers com e-ink (tinta eletrônica), não porque o livro tem que continuar visualmente atrativo em qualquer formato pois isso atrai o leitor. Confira abaixo alguns exemplos de diagramação em e-books.

Diagramação simples dos e-books A Jornada da autora Erin E. Moulton, Editora Novo Conceito e Extraordinário da autora R. J. Palacio, Editora Intrínseca, respectivamente. Basta clicar para ampliar as imagens.


Imagens da diagramação do e-book O circo da Noite da autora Erin Morgenstern, Editora Intrínseca.


Diagramação do e-book As aventuras de Alice no país das maravilhas & Através do espelho e o que alice encontrou por lá do autor Lewis Carrol, Editora Zahar.


Óbvio que só isso não justifica os preços, mas se considerarmos que a procura, apesar de parecer alta com a chegada dos e-readers, ainda é baixa e dificulta a divisão dos custos entre os consumidores e geração de lucros, afinal isso é um comércio que visa lucros, podemos compreender o porque aqui ainda tem essa enorme diferença. Como a chegada dos e-readers é recente, ainda não tem pesquisas específicas sobre as vendas atuais no Brasil, mas segundo o mesmo artigo do site Revolução E-book que traz a tabela que compõe o preço do e-book, o maior best seller digital do Brasil, a biografia de Steve Jobs, em abril do ano passado tinha vendido mais de 5 mil cópias. Se comparado com a demanda do livro impresso, com certeza a diferença é grande. Na mesma época, a maioria dos livros digitais chegava a vender no máximo 100 cópias. Fora a inserção considerável de pequenas livrarias no comercio de livros digitais. que não acontece pois para iniciar no e-commerce tem que se manter um site seguro, instável e um catálogo atrativo que não é barato, além de algumas editoras não demonstrarem interesse em vender seus títulos através de pequenas livrarias. Felizmente, esse quesito das pequenas livrarias não é problema apenas no Brasil, então é algo que será evoluído pelo mercado em geral.


Se você ainda tem receio de que os livros digitais vão dominar o mundo e você vai perder a possibilidade de cheirar um livro físico, fique tranquilo porque temos espaço para os dois existirem e não podemos descartar nenhum dos dois. Um nunca poderá existir sem o outro, assim como o e-book destrói menos árvores e ataca menos a rinite/sinusite de algumas pessoas, o livro físico gera menos lixo digital, portanto não haverá uma substituição direta nunca e uma relação insubstituível com o leitor.


Você se balançou com esses fatos, mas ainda acha que o preço não vai te fazer se render ao e-book por ser mais caro ou o mesmo preço que um livro fisíco? Nem sempre isso é verdade. Assim como a compra do livro físico, a do livro digital exige pesquisa e, óbvio que pra mim que tenho um tablet é mais fácil pesquisar para comprar por não ter as limitações que alguém que tem o Kindle ou Kobo pode ter, mas quando você opta por um e-reader específico deve ao menos saber quais são as suas possibilidades de compra com ele. Enfim, uma coisa vai levando a outra e percebemos que o tema não pode ser esgotado em um simples post (mesmo com o texto extenso como esse), portanto pode e deve ser intensamente explorado e debatido por isso te convido a deixar sua opinião ou dúvidas nos comentários para refletirmos ao longo da semana.

Continue acompanhando os textos da semana do e-book, conforme a programação abaixo e ajudem a divulgar usando a hastag #SemanaDoEbook em seus tuítes, enviando perguntas e dúvidas.

#1 – dia 1/4 – E-readers – Equalize da Leitura
#2 – dia 2/4 – O mercado – Leitora Incomum
#3 – dia 3/4 – Os consumidores – No Universo da Literatura
#4 – dia 4/4 – Auto-publicação – Murmúrios Pessoais
#5 – dia 5/4 – Marketing – Pausa Para Um Café
#6 – dia 6/4 – O futuro – Mon Petit Poison
#7 – dia 7/4 – Promoção – todos