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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Resenha: O futuro de nós dois




Título: O futuro de nós dois
Autores: Jay Asher, Carolyn Mackler
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501097231
Páginas: 384
Ano: 2013
Skoob | GoodReads
É 1996, e menos da metade dos alunos das escolas de ensino médio nos Estados Unidos já tinham usado a internet. Emma acaba de ganhar o primeiro computador e um CD-ROM da America Online de Josh, seu melhor amigo. E ao instalar o programa, logo no primeiro acesso, descobrem que acabam de entrar no Facebook, dali a quinze anos. Todos se perguntam como será o futuro. Josh e Emma estão prestes a descobrir...

Esse livro foi cedido como cortesia pelo Grupo Editorial Record.
Tenho que admitir que assim que o livro foi lançado não despertou muito minha atenção, achei que seria um romance bobo pelo título e nem parei para ler a sinopse, mas quando ele chegou aqui de surpresa dois meses atrás com um cubo mágico, um imã de geladeira em formato de mini game e uma réplica do CD da AOL, tudo ficou bem diferente porque quis entender a relação dos itens com o livro.




Logo no início do livro, estamos no ano de 1996 e Emma ganha um computador de presente do seu pai após o nascimento da primeira filha dele no atual casamento, parece ser uma forma de compensar a ausência já que ele se mudou para longe dela recentemente. Josh tem um CD que ganhou da AOL com algumas horas grátis de acesso a internet e como seus pais não querem que ele use, sugerem que ele leve para ela. Quando ela entra na internet pela primeira vez, é direcionada ao Facebook, isso mesmo o nosso querido e amado "feice" de hoje, mas como se em 1996 não existia nenhuma rede social ainda? O mais curioso é que ela começa a ler fragmentos de sua vida 15 anos pra frente, ou seja, começa a descobrir partes do seu futuro e nem sempre gosta muito do que vê. De tão perturbada com a ideia, ela compartilha com Josh, na esperança de que ele possa ajudá-la a entender se isso é uma brincadeira, ou um aviso real do futuro e aí começam as maiores confusões.

Emma e Josh apesar de serem amigos de infância, estão um pouco afastados desde que um  mal entendido gerou um clima ruim que nenhum dos dois sabe lidar pra se desculpar. Emma se sente mal interpretada e Josh um tanto enganado por ela, coisas que acontecem entre adolescentes que são amigos desde sempre, ou não, mas que fazem você se aproximar dos protagonistas por sua simplicidade. Enquanto ele parece sempre em busca da pessoa certa (pelo menos foi o que senti nele durante a leitura) e é bem na dele, ela já fica com os caras que sente vontade, sem pensar no futuro.

Paralelamente aos desencontros dos dois, conhecemos os amigos deles Kellan e Tyson, ela uma romântica incorrigível que acredita no amor de forma tão insistente que contagia e Tyson, é aquele tipo de cara que magoa sem intenção, mas magoa. Pra mim, os dois são tão importantes na trama toda quanto os protagonistas, mesmo sem fazerem ideia do que eles estão aprontando revirando o futuro de todos.
- Ele partiu seu coração! Como você pode chamar isso de amor se ele deixou você tão magoada? (...)
- Foi amor por que valeu a pena.
Página 62
A narrativa é em primeira pessoa, mas intercala entre o ponto de vista dos dois, ou seja, cada capítulo e dedicado a um personagem. Sei que narrativas assim te fazem sempre ter um personagem favorito, só que isso não aconteceu comigo nesse livro, me envolvi e me encantei pelos dois pode ser porque tive todas as inseguranças de Emma na adolescência e amigos tão fofos como Josh, então fica difícil escolher um lado, rs.

Os autores souberam trazer muito bem para história as relações paralelas dos personagens, as descobertas de cada um sobre si mesmo que leva ao amadurecimento dos sentimentos deles e a forma de encarar as próprias amizades e achei isso super bacana, além de falar sobre algumas coisas muito gostosas dos anos 90, mas não espere referências cansativas sobre isso, são apenas citadas durante o texto e não aprofundadas o que acho essencial pra não cansar quem não viveu nessa época e ficaria perdido por ali. A única coisa que eu realmente senti falta, foi de um epílogo no fim para esclarecer alguns fatos que ficam por conta da imaginação do leitor, tirando isso funcionou perfeitamente comigo.
- Foi seu amigo que acabou de gritar "ei cabeção"?
- Tyson - digo. - Tenho certeza de que ele disse isso com amor.
Página 353
Uma pergunta que eu tenho me feito frequentemente, mas com esse livro foi algo bem intenso é: Como um livro que você não espera muito pode te surpreender. Tudo bem que eu esperava que fossem citadas mais coisas da época de 1996 (que eu tinha apenas 11 anos), mas mesmo assim a leitura foi extremamente prazerosa e com doses nostálgicas de como a gente fazia pra se comunicar sem ter celular, sem usar SMS e telefone a toda hora.

A diagramação é ótima, tenho que ressaltar que nesse quesito os livros da Galera são maravilhosos, pelo menos todos que peguei tem uma fonte confortável e as folhas em papel pólen que pra mim fazem muita diferença na hora da leitura. Recomendo pra quem gosta de um história bem leve recheada de amor e amizade.
Coisas boas acontecem com quem espera.
Página 151

sábado, 27 de julho de 2013

Especial: Maratona Literária


Oi pessoas *-* , cá estou eu novamente, mas dessa vez o post não é uma resenha! Hoje estou aqui para lhes lançar um desafio, 6 blogs se uniram e resolveram fazer uma Maratona Literária, 7 dias inteiros para tentar colocar as leituras em dia!



Para participar vale fazer qualquer coisa que envolva leitura, você só precisa estipular uma meta de leitura que seja superior ao que você lê normalmente. Por exemplo, se você lê 3 livros em 7 dias, pode colocar como meta ler 4 livros nesse período ou então se você lê 15 páginas por dia pode tentar ler 20 páginas por dia. 

No decorrer da maratona os blogs organizadores Amount of WordsBookeandoBurn BookCafé com Blá Blá BláPor Essas Páginas e Psychobooks iram organizar vários desafios, então fiquem ligadinhos nesses blogs e ao final da maratona quem participou desses desafios concorre a um kit com livros incríveis! Entrem aqui para conferir os detalhes certinhos.

Bem a minha meta vai ser um tanto modesta, vamos a ela: 

- Concluir a leitura de Uma questão de confiança, estou na página 250 de 382;
- Ler Charlotte Street, que eu comecei a leitura no ano passado, empaquei e agora vou começar de novo por não lembrar onde parei; 
- Ler Segredos Revelados




Eu vou tentar voltar aqui na quarta-feira para lhes contar a quantas anda minha meta, maaaaaas nesse meio tempo estarei sempre postando no @thalita0liveira para quem quiser me acompanhar nessa aventura. 

Quem quiser participar da maratona entre aqui que as inscrições vão até amanhã dia 28/07. :D

Bem eu acho que é isso por hora, gostaram da ideia? Pretendem se inscrever ou já se inscreverão? Vão me acompanhar? Conto com a opinião de vocês! 

Beijão!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Resenha: A cidade sombria




Título: A cidade sombria
Autor(a): Catherine Fisher
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 9788528616880
Páginas: 336
Ano: 2013
Skoob | GoodReads
A única esperança para Anara, um mundo às portas da total devastação, reside em um mestre, seu aprendiz e nas antigas e ilegais relíquias com poderes misteriosos que eles colecionam. Ao saírem à procura de uma relíquia secreta com grande poder escondida há séculos, Raffi e Galen serão caçados, espionados e testados além dos seus limites, pois existem monstros — alguns deles humanos, outros não — que também desejam o poder desta relíquia até consegui-la.

A prévia desse livro foi cedida para resenha pela Editora Bertrand Brasil.
Quando a prévia do livro chegou pra mim, não sabia o que esperar e isso me fez ficar ansiosa pela leitura, e ele furou a fila. Ainda bem que foi uma surpresa boa e uma leitura muito proveitosa.

A história se passa em Anara, um mundo totalmente em ruínas desde a queda dos Criadores que seriam os deuses do lugar que foram derrotados pelos Vigias, seus inimigos que pregam entre os seus que todo os poderes mágicos deles são apenas lendas. Da antiga Ordem dos Guardiões, uma espécie de sociedade de dominadores de magia e que agora foi dissolvida, e aparentemente, só restou Gallen, um mestre das relíquias, e seu aprendiz Raffi, que vivem sempre se escondendo para encontrar outras relíquias e outros membros da Ordem que podem ter sobrevivido após o sumiço dos criadores e resistido a intensa perseguição dos Vigias. Quando Gallen é chamado para controlar uma relíquia encontrada em um vilarejo próximo do seu esconderijo, percebe que caiu em uma armadilha do maldoso Alberic, o que acaba lhe custando uma de suas relíquias e o faz partir na caçada de um dos inimigos dele, um Sekoi que roubou todo seu ouro para tê-la de volta.

Página 11
Quando Raffi e Gallen partem rumo a sombria cidade de Tasceron em busca do Sekoi, seu caminho se cruza com o de Carys, uma jovem que foi criada e treinada pelos Vigias para ser uma espiã e está em missão para capiturar o guardião. A jovem logo finge se aliar a eles quando percebe que algo na jornada deles está estranho para ganhar a confiança dos dois e conquistar uma recompensa ainda maior se conseguir algo além de Gallen, nessa jornada já que Tasceron era o antigo lar dos criadores e ela desconfia que Gallen vai encontrar algo além do Sekoi naquelas terras.
Sinto muito por arrastá-lo para mais perigos. Mas vou precisar de você.
Raffi deu de ombros.
- Fiz uma promessa. Ir aonde você for. Quer seja luz ou escuridão, lembra?
Página 62
Gosto bastante de histórias com magia, ainda mais quando o ato de crer, ter fé em si mesmo faz parte da trama. Não pense que o livro fala de religiosidade, mas sim da fé naquilo que se busca pois Gallen tem apenas a fé para manter sua sanidade depois de ter sofrido um grave acidente, mas isso não faz dele menos rude com seu aprendiz, Raffi que ao contrário dele, é muito inseguro de sua capacidade em dominar a magia e controlar as relíquias que são objetos cheios de magia que se não são bem utilizados podem causar diversos danos em quem as usa.
O que sabe o guardião?
Os segredos do mundo.
Com quem fala o guardião?
Com a Deusa e os Criadores.
O que teme o guardião?
Somente a falta de esperança.
Litania dos Criadores
Página 165
Carys é uma jovem orfã esperta e corajosa, afinal sem essas qualidades seria impossível viajar sozinha a procura dos dois, o que é um diferencial e tanto na história porque normalmente seria um homem a desempenhar essa busca e ela está determinada a mostrar pro seu líder toda sua capacidade. O que Carys não esperava era ter de presenciar demonstrações dos poderes do Guardião e seu aprendiz durante a viagem, em todo seu treinamento com os vigias, fora orientada que eles não teriam nenhum poder e que apenas criavam ilusões. Carys precisa resistir a tudo que encontra que possa fazê-la se desviar de sua missão e tentar manter a mente sã para prosseguir.
É util lembrar-se de que os poderes que a Ordem alega ter são simples ilusões.
Mandamento dos Vigias
Página 47
Tasceron é uma cidade totalmente em ruínas, com criaturas estranhas, nunca aparece a luz do sol. A autora cria uma atmosfera totalmente assustadora para a cidade de uma maneira que o leitor fica totalmente absorvido pela história e tenso para saber o que virá a cada esquina, isso deixa história tão viciante que a partir daqui pra mim foi impossível largar o livro até terminar.

Com uma narrativa dividida em terceira pessoa quando conta a trajetória de Raffi e Gallen e em primeira pessoa, em forma do diário de bordo de Carys. É uma história totalmente original que não tem nada parecido com algo de fantasia que eu já tenha lido um dia, gostei muito da história da criação do mundo e das frases no início de cada capítulo que vão nos situando ao que pensam os Vigias e Guardiões. Catherine soube trazer um acontecimento atrás do outro durante o livro sem deixar o livro com um ritmo acelerado e introduziu muito bem o leitor nesse primeiro livro da série, me deixando totalmente ansiosa pelo próximo livro que tem previsão de ser lançado em janeiro de 2014 pela editora. 



Como a edição recebida é uma prova, a única coisa que posso adiantar é que provavelmente segue o padrão das publicações com a fonte bem confortável e detalhes internos nas cinco divisões da história e a cada início de capítulo. Recomendo a leitura para quem gosta de fantasia e personagens que crescem de acordo com os acontecimentos, já que a trama surpreende a cada página.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

TAG: Como eu leio?


Esses dias visitando alguns blogs encontrei essa TAG no blog Uma Leitora e gostei tanto que resolvi responder ela aqui no blog. O objetivo é explicar um pouco sobre nossos hábitos de leitura. 
Espero que gostem de saber mais dos meus.
Obs.: Não encontrei quem criou, se souberem quem foi, escrevam nos comentários que eu atualizo.

A Aquisição

Fonte
1. Sempre compra você mesmo seus livros ou tem anjos da guarda?? Se tem, quem são eles normalmente?
Quando estou trabalhando eu mesma compro, mas em momentos como agora meu marido é meu anjo da guarda.

2. Gasta quanto (em média) por mês em livros?? Já estourou o cartão de crédito com livros?
Em torno de cinquenta reais, mas não é todo mês. Nunca estourei o cartão de crédito comprando livros.

3. Consegue livros emprestados com frequência? Se sim, quem te empresta normalmente?
Não costumo pegar livros emprestados hoje em dia, mas frequentei muito a biblioteca na adolescência.

O Deleite

Fonte
1. Lê em média quantos livros por mês?
Entre 3 e 12, depende muito do mês e do tempo que me sobra pra ler, do tamanho dos livros que escolho ler naquele mês, etc.

2. Lê em média quantas páginas num dia da semana? E nos fins de semana?
Quando o livro me arrebata leio mais de 100 em um dia de semana e em torno de 200 no fim de semana, claro que isso pode variar se o dia for muito agitado ou eu não estiver muito afim de ler.

O Local do Crime

Fonte
1. Consegue ler em local movimentado? (ônibus, fila de banco)
Consigo, costumo colocar o fone de ouvido com uma música calma pra me desconectar das conversas do ambiente, mas se o livro estiver muito bom, nem preciso disso.

2. Prefere ler na mesa, sofá, no chão ou na cama?
A cama e o sofá são meus lugares favoritos, mesmo que eu fique mudando de posição toda hora.

3. Qual a hora do dia que prefere para ler?
De manhã bem cedo ou antes de dormir que são os momentos mais tranquilos da casa.

Os Impedimentos

Fonte
1. É solteira? Se não, seu namorado, noivo, esposo, te dá espaço para ler?
Sou casada, meu marido não me impede de ler, mas preciso reservar um tempo pra ele e pro meu filho.

2. Lê no trabalho? Se sim, qual emprego dá essa dádiva de ler na hora de serviço?
Normalmente quando trabalho, não tenho como ler enquanto trabalho e faço isso apenas em momentos de pausa ou no almoço.

3. Já deixou de sair com a galera só pra ler aqueles capítulos irresistíveis?
Já, na verdade sou muito mais caseira agora e prefiro um bom livro no lugar da agitação.

As Insanidades

Fonte
1. Já sonhou ou teve pesadelos vivendo a história de um livro? Qual foi o livro?
Sim, várias vezes, a última vez que aconteceu isso foi com "O oceano no fim do caminho".

2. Qual a maior loucura que já fez ou que faria para conseguir um livro?
Nunca fiz nenhuma loucura, tenho vontade de ser mais criativa pra participar de concursos culturais, mas sempre opto por comprar o livro quando fica difícil de ganhar.

3. Já chorou ao terminar um livro??? Foi de felicidade ou tristeza?? Qual foi o livro?
Ao terminar um livro eu nunca chorei, mas chorei no decorrer de "O caçador de Pipas", algumas cenas me comoveram muito e também lendo recentemente Will & Will, não porque o livro em si seja emocionante, mas porque me fez lembrar de algumas pessoas.

Por hoje é só, espero que tenham gostado.
Não vou indicar pra ninguém, sintam-se livres para fazerem ou não.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Resenha: Ela é uma fera




Título: Ela é uma fera
Autor(a): Marina Carvalho
Editora: Novo Conceito
IBSN: 9788581633305
Páginas: 155
Ano: 2013
Skoob
Esse livro está disponível apenas em formato digital (e-book)
No interior de Minas Gerais, Clara, uma menina de traços delicados, rosto de porcelana e cabelos dourados tem muitos admiradores, inclusive Henrique, o menino mais popular da escola que fará de tudo pra poder sair com ela, inclusive trapacear... É que o pai de Clara colocou na cabeça que sua filha mais nova só poderá sair com um menino depois que sua filha mais velha, Carolina, arrumar um namorado. Parece simples: basta que Henrique arrume um “namorado” para Carol e siga com seu sonho de ficar com Clara. Determinado, Henrique arruma o tal namorado para Carol: Pedro, o badboy. Mas o que nem Henrique, nem Clara, nem Pedro imaginavam é que a intragável Carol iria se comportar como uma insuportável ao lado de Pedro — e jogar água em todos os planos de romance de Henrique e Clara. Caberá a Pedro dar um bom resultado a esta situação, mas será que ele vai conseguir conquistar o coração de gelo de Carol e, finalmente, domar a megera? 
Ela é uma fera! é uma releitura escrita pela autora Marina Carvalho do clássico A Megera Domada de William Shakespeare

Eu não pretendia escrever sobre esse livro, mas as ideias ficam latejando tanto na minha mente que resolvi parar de fugir e falar logo a respeito. Esse foi meu primeiro contato com a autora, não li o outro livro dela então se você espera encontrar comparações entre um livro e outro, pode parar de ler por aqui.

Em Ela é uma fera, conhecemos as irmãs Carolina e Clara, que são filhas de Batista, um homem bondoso que faz o possível para cuidar sozinho das filhas desde que foi abandonado pela esposa. É claro que as meninas não facilitam a vida do pai e vivem em pé de guerra, já que a caçula Clara não pode viver a vida como deseja enquanto sua irmã não arrumar um namorado e isso a deixa extremamente frustrada. Carolina não sente também nenhuma necessidade de facilitar a vida da irmã fazendo companhia pra ela nos lugares que ela quer ir por achar que a irmã precisa largar essas futilidades de lado e amadurecer. Enfim, elas são totalmente diferentes, mas como o pai impôs essa regra de que a liberdade de uma depende da outra, as diferenças ficam muito mais evidentes do que as semelhanças como seria em outra situação.
Por que Clara e Carolina não podiam se amar? Por que precisavam estabelecer tantas barreiras, impedindo um relacionamento fraternal comum, ou seja, com algumas brigas sim, mas não se odiando dia após dia?

Página 20
Henrique, o menino mais gato e popular da escola, sabe toda a situação que envolve as irmãs e por isso contrata Pedro pra ajudá-lo com o impasse, fazendo com que Carolina se apaixone por ele e, consequentemente, poderá conquistar sua irmã. Claro quando se envolve emoções, as coisas não poderiam sair exatamente como o planejado e não depende só de Pedro para que tudo dê certo, ele também vai precisar jogar seu charme. Será que ele vai convencer Clara?

Uma coisa que me incomodou bastante durante a leitura foi a criação da personalidade de cada personagem, achei muito incoerente quando comecei a refletir a respeito e isso me deixo muito incomodada. A começar pela Clara que apesar de ser totalmente  presa pelo pai é uma das garotas mais populares da escola e Carolina com uma personalidade forte ser uma pessoa tão sozinha e reclusa, faltou a autora evoluir mais isso pra ser mais convincente. Pedro e Lucas também tinham tudo para ser um grandes personagens, mas foram igualmente mal aproveitados e isso me fez terminar a leitura totalmente descontente.
- Por que se esconde, Carol? Você não é o que as pessoas dizem. Disseram-me que era brusca, desagradável, uma megera. Agora vejo que era tudo mentira. Acho você deliciosa, apaixonante, perfeita.

Página 78
Outro impedimento foi a evolução da história, os conflitos foram mal explorados, a história em si ficou corrida e eu senti falta de algumas coisas serem melhor explicadas, um exemplo disso foi a história do Pedro (que foi o personagem com mais potencial na história pra mim), que é cheia de mistérios no início e a autora tenta esclarecer tudo em uma pequena passagem, teria tudo pra ser a cereja do bolo da história, e não foi. Só que fico em dúvida se não a história originalmente escrita pela Marina não foi reduzida para ser lançada em formato de e-book e se tornar mais atraente em poucas páginas.

A narrativa é em terceira pessoa e como são muitos personagens para serem mostrados eu acredito que poderia ser melhor aproveitada em primeira pessoa e dividida entre as duas irmãs pra permitir que o leitor se aproximasse mais delas e entendessem melhor as personagens. 

Recomendo a todos que gostam da escrita da Marina ou queiram apenas conhecer a forma dela escrever como foi o meu caso. Apesar de não ter sido uma leitura que eu tenha apreciado muito, ela foi bem dinâmica e consegui terminar em poucas horas. Como o livro é em e-book, não tem muito o que falar sobre a diagramação, só parabenizar a editora por não ter encontrado palavras erradas ou fora de contexto durante a leitura.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Resenha: Agnus Dei - A Idade do Sangue




Título: Agnus Dei - A Idade do Sangue
Autor(a): Ju Costa
Editora: Independente
ISBN: 9788591289905
Páginas: 350
Ano: 2012
Skoob
Em A Idade do Sangue, podemos acompanhar a jornada de vampiros antigos, monstros sedutores. A jornada de recém transformados, como nossa personagem principal - que de forma alguma se encaixa no papel de heroína - e das pessoas que convivem com tais seres. Trazendo a tona uma lente psicológica e com um nível maravilhoso de verossimilhança a uma série de acontecimentos, que são nada além de naturais, se você considerar possível a existência do fantástico e do maravilhoso. Partindo dessa nova premissa - passando por uma filosofia Dostoévicista e bebendo de fontes profundas como a literatura de Saramago e jovens como J. K. Rowling - Ju Costa constrói um livro mais cativante e inspirador a cada página e deixa um gostinho ferroso de quero mais ao final de cada capítulo.

Este livro foi cedido para resenha pela autora.

Agnus Day - A Idade de Sangue é um livro bem intrigante de se ler, confesso que demorei um pouco para ler e poder entender a história ao total, mas no final pude concluir que é um excelente livro nacional que fala do sobrenatural e de muitas criaturas místicas.

O livro retrata o mundo onde os seres humanos interagem com os seres sobrenaturais, como os "vampiros". E existem organizações que são responsáveis por proteger os seres humanos das criaturas que causam pânico e matam os humanos. E as que mais se destacam neste ramo, é a Aset e a Agnus Dei, ambas são fortes concorrentes e rivais.

Thereza ficou em silêncio em seu escritório, com Maasi sentado em sua escrivaninha, mexendo nas próprias unhas, enquanto ela pensava que tinha algo de muito errado naquela história.
Página 211
A Aset está passando por uma crise, que está deixando a líder Thereza sem saída, onde só existem duas formas de escolher o próximo líder da organização: quando é passada pelo líder atual à outra pessoa (que foi o caso dela) e quando uma reencarnação de um fundador é encontrada. Tudo dá errado quando Thereza manda Maasi – um vampiro ligado a ela por um pacto de sangue, e que supostamente a odeia – seguir Julie (que é uma reencarnação) que, após quase ser morta, é salva e transformada em vampira por Maasi.

O que gostei dos personagens é que as mulheres - Julie e Thereza - tem personalidades bem fortes e não são aquelas mocinhas chatas, sem graça e que só viram "heróinas" no final do livro. No caso do personagem masculino, até porque foi o único que me chamou a atenção mesmo foi o Maasi (mas também gostei muito do Arthur), ele é ao mesmo tempo o vilão/mocinho. Eu gostei e odiei ele ao mesmo tempo, descrevo ele como debochado, sarcástico e impulsivo. Os personagens são bem construído e bem arquitetados, não deixando nada a desejar pois todos são bem apresentados e com um histórico de vida no livro, que nos mostra o lado bom e ruim do personagem.

O livro nos traz muito mais de intriga do que posso dizer, o que nos deixa com mais vontade de saber o que irá acontecer no final (ainda bem que tem continuação esse livro), mas só lendo mesmo para desvendar quase todos os mistérios que este livro nos reserva.
– Eu acho – começou ele –  e sou muito velho, então minha opinião deve ser levada em consideração, que na vida você deve escolher uma pessoa em quem confiar. Uma única pessoa. E deve confiar nela cegamente. E pronto.
– E o que acontece se ela te trair?
– Você a mata e arranja outra pessoa para confiar.
Esse é um dos quotes que mais gostei de ler, porque expressa muito sobre o que conta a história do livro: a arte de confiar, e que nos deixa aquela famosa pergunta: em quem você confia? Mas essa pessoa realmente é confiável?



Eu adorei a narrativa da Ju, bem simples e atrativa, ela soube desenvolver uma história bem criativa, sem clichês e sem ser entediante, é literalmente um turbilhão de problemas e revelações. A capa do livro eu achei linda e muito sombria, apesar desta edição de ser do autor, eu achei poucos erros ortográficos, com páginas brancas e diagramação ótima, não tive do que reclamar. Todos os capítulos são introduzidos por alguma citação (algumas até de livros e filmes) e eu as considerei muito boas e bem escolhidas. Ao mudar algumas páginas, vemos algumas ilustrações, achei bem legal isto também, fica diferente. Inclusive achei a capa do livro independente melhor do que a capa do livro que foi recentemente lançado pela Editora Grimório.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Resenha: Mamãe foi trabalhar




Título: Mamãe foi trabalhar
Autor(a): Solimar Silva
Ilustrador(a): Amanda Blois
Editora: Escrita Fina
IBSN: 9788563877918
Páginas: 32
Ano: 2013
Skoob
O coração fica apertado, mas, acredite, no fim do dia a mamãe vai voltar. Ela só foi trabalhar...

Esse livro foi cedido para resenha pela Editora Escrita Fina.
Quando escolhi esse título para resenhar no blog, logo imaginei que teria uma identificação grande com o conteúdo e obviamente, não me enganei. O livro retrata nada menos do que a sensação dos pequenos ao verem a mamãe sair pra trabalhar, como o próprio título já diz e ilustra algumas explicações que as mães ou quem cuida pode usar para ilustrar esse momento e ele se tornar mais tranquilho para os pequenos.


Só quem é mãe e precisa deixar o pequenino pra trás pra ir trabalhar, sabe como isso é difícil. Não chega a ser uma questão desapego, mas é um ato muito corajoso pois você se separa de uma parte muito importante de si. O livro ilustra também a falta que a mamãe vai sentir do filho e as formas que ela usa para "matar" um pouco essa saudade e garantir que seu filho amado fique bem, como a escolha de alguém que possa dar bastante carinho pra ele.


A diagramação é muito fofa e dá o toque perfeito a toda a situação, mostrando a mamãe e o filho em várias situações cotidianas que tornam fácil a identificação das crianças com esses momentos e ajudam ao contador da história a procurar formas de envolver a criança no enredo proposto. Com certeza um livro que pode ajudar muito a mostrar pra criança que a mãe não esquece dela nenhum minuto e que isso acontece com várias outras crianças e não só com ela como algumas chegam a pensar. E o melhor de tudo, pode ser uma introdução maravilhosa ao mundo da leitura. Recomendadíssimo.


Eu poderia falar muitas outras coisas sobre o livro, mas acredito que as mamães ou pessoas que tenham contato com crianças, podem se identificar com o pouco que eu disse, então que esse texto seja prático e objetivo como o livro, já basta.

sábado, 13 de julho de 2013

Resenha: O destino do tigre




Título: O destino do tigre
Autor(a): Collen Houck
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580411386
Páginas: 400
Ano: 2013
Skoob | GoodReads 
Com três profecias da deusa Durga solucionadas, agora resta apenas uma no caminho de Kelsey, Ren e Kishan para que a maldição seja quebrada. Mas o maior desafio do trio os aguarda: A busca pelo último presente de Durga – A corda de fogo – na Ilha Barren situadas na Baía de Bengala. Uma busca que ameaçará suas vidas. É uma corrida contra o tempo e o malvado feiticeiro Lokesh – neste ansiosamente aguardado quarto livro da série A Maldição do Tigre – colocará o bem contra o mal, testará laços de amor e lealdade, e , finalmente, revelará o verdadeiro destino do Tigre, de uma vez por todas.

Esse livro foi cedido para resenha pela Editora Arqueiro.
Atenção: pode conter spoiler dos outros livros da série.
Falar sobre essa série pra mim é difícil porque mesmo com todos os defeitos na relação do trio, eu amei cada livro, mesmo que em O resgate do tigre eu tenha me chateado um pouco mais que nos outros, procurei sempre focar mais no universo da maldição criado pela autora, e não posso dizer que me decepcionei por ter acompanhado a série, pois ela soube criar uma história muito bacana e explorar as lendas para isso de forma bem satisfatória.


Depois do final de A viagem do tigre que me deixou terrivelmente necessitada pela continuação, confesso que as minhas expectativas com o quarto livro eram altas, pois tinha tanta coisa pra acontecer nesse que eu ficava eufórica pensando em qual seria o final da série. Graças a Deus, não me decepcionei começando pelo kit que a editora enviou junto com o livro.

Sei que a foto está ruim, mas não achei o lenço pra tirar outra agora. D:
É chegada a hora de completar a última missão e libertar enfim os príncipes da maldição. Muitos sacrifícios já foram feitos até aqui e todos os personagens amadureceram por conta disso, mas com certeza esse será o desafio mais difícil já que cada um terá que enfrentar o seu melhor e pior lado a todo momento para poder enfrentar todos os sacrifícios necessários nessa última jornada que são de longe os piores.
- Você precisa aprender a ter paciência no que diz respeito a mulheres e deusas, meu tigre de ébano.
Página 67
Por conta do final do livro anterior, o livro já começa em frenético e sem aquele tom introdutório como acontece nos outros. Logo nas primeiras páginas, muitas coisas acontecem envolvendo a deusa Durga que logo se mostra mais ousada do que nos outros encontros com o trio e o Sr. Kadam que pra mim foi um dos melhores personagens nesse livro - mostrando o porque ele é tão importante para a trama toda. Por mais que hajam opiniões contrárias a minha, fica muito claro algumas coisas relacionadas ao desfecho de cada livro logo no início, mas acho que as pessoas perdem essas dicas conforme se envolvem com a trama. Tem também Lokesh que sem dúvida foi um ótimo vilão, é cruel e sádico na medida perfeita para a trama.
- Chegou a hora, meu bichinho. Vai se oferecer a mim de boa vontade em troca da vida dos tigres?
Página 31
Nesse livro, o triângulo amoroso entre Kelsey e os príncipes tigres Ren e Kishan continua, mas não é tão explorado como nos livros anteriores. Se por um lado algumas pessoas reclamam da postura de Kelsey, eu cheguei a detestar Ren em muitos momentos pela postura que ele adota de macho alfa que me irrita, resumindo, os dois souberam ser bem chatinhos. Kishan também tem a sua dose de chatice no triângulo amoroso por não notar o óbvio e insistir em ser uma ponta do triângulo.
- Não tenho a menor preocupação com a forma do meu corpo desde que ele seja forte. Uma amazona , como você me chama, pode ser o que sou agora, mas não fui sempre assim. Eu gosto de homens.
Página 261
O desfecho foi tão perfeito que eu fico me perguntando o que a Collen ainda tem para escrever em "O sonho do tigre", um suposto quinto livro, que poderia ser um conto ou uma história paralela, mas até o momento não tem nenhuma previsão de lançamento, só resta aos fãs aguardarem mesmo. A autora na minha opinião foi bem coerente com tudo que foi propondo ao longo da série, mesmo tendo um clichê ali. Se ela tivesse fechado de uma maneira diferente poderia não convencer.
- E eu comecei com nada e terminei com tudo. Eu amo você, Kelsey Hayes Rajaram.
Sorri, amando cada sílaba daquelas três palavrinhas.
Página 386
A diagramação segue o estilo dos livros anteriores tanto externa quanto internamente, o que acho ótimo pois fica perfeito na estante. As páginas são amareladas e a fonte confortável. Recomendo a quem começou a série para terminar, mesmo que o desfecho não tenha agradado completamente todos os fãs da série a Collen soube fechar muito bem a história. 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Resenha: Na Companhia das Estrelas





Título: Na Companhia das Estrelas
Autor(a): Peter Heller
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581632346
Páginas: 408
Ano: 2013
Skoob - GoodReads
Em um mundo devastado pela doença, Hig conseguiu escapar à gripe que matou todo mundo que ele conhecia. Sua esposa e seus amigos estão mortos, e ele sobrevive no hangar de um pequeno aeroporto abandonado com seu cachorro, Jasper, e um único vizinho, que odeia a humanidade, ou o que restou dela.
Mas Hig não perde as esperanças. Enquanto sobrevoa a cidade em um avião dos anos 1950, ele sonha com a vida que poderia ter vivido não fosse pela fatalidade que dizimou todos que amava. Hig é um guerreiro sonhador. E tem uma imensa vontade de gente, apesar da desilusão que se abateu sobre ele. Por isso é capaz de arriscar todo seu futuro quando, um dia, o rádio de seu avião capta uma mensagem...
Voe com Hig e Jasper e se encante ao descobrir que um mundo melhor pode estar em cada um de nós.

Hig vive em um planeta Terra onde grande parte da população morreu por uma gripe, os que sobraram adquiriram uma doença no sangue auto-imune, parecida com o AIDS, mas sem tratamento e pouquíssimas pessoas são consideradas normais. Muitas espécies de animais foram extintas, muitas árvores desapareceram e o clima, ah esse ninguém mais pode prever como vai ser. O mundo está uma completa loucura, ninguém sabe em quem é confiável e o mais seguro é manter-se isolado e tentar sobreviver.

Nesse lugar Hig, seu cachorro Jasper e seu vizinho Bangley sobrevivem em um vilarejo próximo a um aeroporto e Hig faz vôos diários nas redondezas na caça de invasores. Em um dos seus vôos Hig capta o sinal de uma torre de comando e aquela possibilidade de existir alguém normal próximo a ele o leva a beira da loucura e ele decide que deve ir até lá, mesmo que isso possa custar sua vida.

Bem, eu iniciei a leitura acreditando que esse livro seria algo ao estilo de Eu sou a lenda do Will Smith, um cara, um cachorro e um mundo desolado, mesma linha certo? Errado, Na Companhia das Estrelas é bem diferente de “Eu sou a lenda”, Hig é um personagem atormentado pelos fantasmas do que um dia a Terra foi e quer reconstruir aquele mundo, mas não tem coragem para sair do pequeno mundo que ele criou ao entorno do aeroporto, ele faz uma ou outra tentativa, mas no geral, ele tem medo demais para conseguir arriscar.
É possível amar de maneira tão desesperada que a vida se torna insuportável? Não falo do amor não correspondido, quero dizer estar amando. Estar vivenciando o amor e sentir-se desesperado. Por saber que acabará, pois tudo acaba. Um dia.
Página 94
Durante o decorrer da narrativa Hig vai evoluindo de forma espantosa, ele me trouxe a mente que “pequenas” coisas podem desencadear mudanças absurdas em alguém, ele passa do cara que tem medo para o cara que resolve arriscar tudo por não ter mais nada a perder, o Heller conduz essa mudança de forma bastante interessante.

No geral é um bom livro, mas o autor resolveu criá-lo de forma que ele ficasse mais filosófico do que de ação, foi uma escolha bem arriscada, mas que da certo para quem lê o livro sem pensar que ele seja um livro de ação, se você for com a mente de que aquele é um livro cheio de aventura, tiros e criaturas perseguindo e tentando matar o personagem principal que é extremamente f*dástico, eu sinto por ser a pessoa que vai lhe dar a triste notícia de que esse livro não tem o que você espera. Entretanto, se você inicia a leitura pensando que esse livro vai te fazer refletir sobre a sua pequenez no mundo e a sua impossibilidade de controlar as coisas esse livro vai ser perfeito para você.
(...) agora percebo que talvez o verdadeiro encanto só acontece no limbo. Não sei por quê. Será que é porque somos tão inconstantes, indecisos e sempre à espera? Como se a vida precisasse de muitas oportunidades, muito espaço para se expandir. O não saber alguma coisa, a esperança, a dolorosa efemeridade: isso não é real, não como pensamos (...). 
Página 277
Como eu fui pensando que o livro era uma aventura, com tiros, sangue e um protagonista f*dástico essa não foi uma leitura muito boa para mim, não foi nem de longe o que eu esperava. Embora tenha o Bangley, que é um assassino de aluguel fanático por armas e por isso se tornou meu personagem favorito da obra, senti falta daquela emoção que uma leitura eletrizante passa.

A capa do livro é bonita, mas não tem detalhes em auto relevo e tem apenas um leve brilho, o que deixou a desejar, a editora poderia ter investido um pouquinho mais na capa. Eu prefiro nem comentar sobre os erros grotescos de revisão que eu encontrei, apenas gostaria deixar avisado que erros existem e eles são muitos.
Bem gente por hora é isso. Alguém já leu? Pretende ler? Deixem suas opiniões...rsrs’.

Beijão e até breve \õ. 

Promoção: 3000 curtidas


Como prometido, assim que o blog completasse 3.000 curtidas, aconteceria um sorteio para comemorar. A marca foi alcançada na última sexta e fiquei muito feliz com isso, quero agradecer a todos que acompanham o blog pelo carinho de sempre.



Para participar do sorteio é necessário curtir a página do blog no facebook, ter endereço de entrega no Brasil e preencher o formulário em todas as opções que desejar corretamente.
Serão 3 ganhadores que serão ficaram com os prêmios abaixo, por ordem de sorteio:

- 1 exemplar do livro Um gato de rua chamado Bob
- 1 kit com marcador de feltro + 20 marcadores sortidos + exemplares dos livros Um olhar fora da curva e Vamos juntos na cesta do autor L.A Santos.
- 1 exemplar do livro Um coração cheio de estrelas.

Leia atentamente as regras em Terms & Conditions no próprio formulário antes de participar.
Boa sorte a todos.

Obs.: A única opção que poderá ser preenchida mais de uma vez é a de comentar nos posts.




quinta-feira, 4 de julho de 2013

Resenha: Will & Will





Título: Will & Will
Subtítulo: Um nome, um destino
Autor(es): John Green e David Levithan
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501093882
Páginas: 352
Ano: 2013
Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra... Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.


Esse livro foi cedido pelo Grupo Editorial Record.
Quando começo a ler um livro sem nenhuma expectativa de que vai ser uma experiência bacana e consigo terminar ele tão satisfeita e arrependida por não ter dado atenção pra ele logo de cara, fico sem saber como começar a falar sobre ele.

Em Will & Will conhecemos dois protagonistas que apesar de carregarem o mesmo nome, tem vidas totalmente diferentes em todos os sentidos, tanto no ambiente familiar como na escola e com os amigos, e que nunca pensaram em encontrar alguém com o nome igual, até que em uma noite em que tudo parece muito errado para ambos, seus caminhos se cruzam e, a partir daí, a vida deles se transforma porque eles começam a enfrentar seus medos e parar de usar suas fachadas de proteção contra relacionamentos, algo típico de quase todos os adolescentes. 
- Você pode confiar na ideia de que gostar de alguém, como regra, acaba mal. 
O que é verdade. Gostar não leva ao sofrimento de vez em quando. Leva sempre.
Páginas 27-28
todo mundo na nossa escola tem atividades extraclasse.
a minha é ir pra casa.
Página 37
Acho que o ponto forte do livro foi não ficar preso apenas aos conflitos dos protagonistas, mas abrir espaço para os outros personagens. O que eu mais gostei, foi Tiny Cooper, porque ele acaba se destacando tanto quanto os protagonista, é o melhor amigo de um Will, mas transforma o modo de pensar dos dois. Acabei o livro com a sensação de que Tiny foi mais protagonista do que os dois durante a história e que com certeza sem ele, essa história não seria tão bacana. Tiny é gay assumido e totalmente fora dos padrões de beleza da sociedade, mas sabe usar tudo isso ao seu favor, quer ver sempre as pessoas ao seu redor felizes. Além dele, gostei de Jane e Gideon pela simplicidade da personalidade de ambos e como cresceram junto com os protagonistas que estão ligados no decorrer da trama.
O que foi? Tiny, qual é o problema? 
- Não há nenhum problema. Está tudo certo. As coisas não podiam estar mais certas. Podiam ser menos cansativas. Menos agitadas. Menos cafeinadas. Mas não podiam ser mais certas.
Página 212
A relação dos pais dos Will's com seus filhos me emocionou, por um motivo bem simples ela é cheia de amor. Um amor que aceita, um amor que compreende, um amor que se sacrifica... amor que só quem tem filhos, vai realmente entender o que estou falando. São pais que se doam para os filhos, se preocupam muito com a rotina deles, mesmo que não sufoquem com auto-proteção - o que eu entenderia no caso de um deles por ser depressivo - e simplesmente estão lá dizendo as coisas certas, nas horas certas. Quem me conhece, sabe o quanto eu sou coruja - essa corujice se estende aos meus sobrinhos também - e o quanto isso mexe comigo.
- Você é o nosso iate, companheiro. Sabe todo aquele dinheiro que teria ido para um iate, todo o tempo que nós teríamos passado viajando pelo mundo? Em vez disso, tivemos você. O iate acabou sendo um simples barco. Mas você... você não pode ser comprado a crédito, e não pode ser abatido do imposto de de renda. Tenho tanto orgulho de você que acabo tendo orgulho de mim. Espero que você saiba disso.

Página 253
O livro não é apenas um romance gay, é um romance adolescente que aborda algumas das inseguranças e medos que adolescentes carregam, sejam eles homossexuais ou não como o medo de se relacionar e amar alguém, de fazer amizades e ser aceito na sociedade. Por isso me arrisco a dizer que é mais do que um livro jovem, é um livro que merece ser lido por adultos também, principalmente pais porque a gente pode esquecer que já passou por algo similar na vida.
Não muito inteligente. Não muito bonito. Não muito legal. Não muito engraçado. Esse sou eu: não muito.
Página 219
(...)o amor está ligado à verdade. Penso neles como gêmeos tristemente unidos.
Página 148
A narrativa é totalmente em primeira pessoa pela ponto de vista dos dois Will's, intercalando entre um e outro e para diferenciar um do outro, a narrativa de um deles é totalmente em letras minúsculas. A linguagem utilizada é a mais jovem possível, contando inclusive com alguns palavrões em alguns diálogos, portanto fica o aviso, se você não consegue lidar com isso na vida real, nem comece esse livro. A diagramação é simples, com páginas amareladas e fonte bem confortável para leitura. 
"O amor é o milagre mais comum."
Página 329
Mais do que recomendado, praticamente uma leitura obrigatória em tempos que as relações estão sendo revistas e o amor precisa ser repensado, afinal o importante é amar a todos e respeitá-los independente de suas escolhas.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Promoção: Vortex


Como prometido no twitter ontem, venho trazer a promoção de Vortex da autora Julie Cross, o segundo da série Tempest que foi lançado pela Editora Jangada (selo do Grupo Editoral Pensamento). Para mais informações sobre o livro e adicionar ao sua estante no skoob, clique aqui.




Para participar do sorteio, é necessário ter endereço de entrega no Brasil e preencher o formulário abaixo corretamente com um e-mail válido para que seja feito contato.
Antes de participar, confira o regulamento completo da promoção em Terms & Conditions do próprio formulário. O resultado será divulgado nesse mesmo post no próprio formulário após o término da promoção o mais breve possível.

a Rafflecopter giveaway


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Resenha: Apenas respire




Título: Apenas respire
Série: Um conto quase de fadas
Autor(a): Bárbara Herdy
Páginas: 802
Ano: 2013
Skoob | Amazon | Site
Ao embarcar para um cruzeiro de sete dias com os amigos - uma forma de comemorar o fim do ensino médio e o início de uma nova etapa de suas vidas - Kate, uma jovem simples que sonha conhecer Londres, ser jornalista e ter seu primeiro livro publicado, vê-se em meio a pessoas influentes e festas luxuosas. Durante a viagem, ela conhece um rapaz misterioso, Peter Hartley, envolvendo-se em um romance capaz de fazê-la misturar fantasia e realidade. A cada dia mais apaixonada, ela não percebe que a vida misteriosa de Peter, repleta de intrigas familiares e segredos, pode trazer uma grande tormenta para sua vida e para seu coração. O jovem sedutor tem dois grandes segredos: o primeiro pode ser revelado, embora isso traga enormes conseqüências; o segundo não pode nem mesmo ser dito em voz alta. Kate, então, precisa escolher entre dois caminhos: seguir em frente e esquecer os maravilhosos dias ao lado de Peter ou... atirar-se em um caminho tomado pelo desconhecido e o incerto, de mãos dadas com aquele que faz seu coração bater de forma irresistível, e apenas respirar...

Por convite da Helana do blog In the sky, peguei o e-book pra ler em fevereiro, mas devido alguns contratempos, acabei adiando a leitura mesmo tendo colocado ele no Kobo assim que chegou. Quero agradecer a Helana e a Bárbara pela oportunidade e me desculpar pela demora.
O livro narra a história de Katerine Farrel que está realizando seu sonho de viajar para Londres junto com a sua turma do ensino médio, ela é uma jovem americana com parentes brasileiros. Já foi aprovada na faculdade dos seus sonhos e tudo está em perfeita harmonia, até que conhece Peter Hartley, um jovem misterioso que logo a fascina. Como se isso já não bastasse para confundir a cabeça dela, seus amigos estão passando por maus momentos e ela descobre que sua melhor amiga Rachel também esconde algo que quando for descoberto pelos outros, trará conflitos que ela jamais pensou que pudesse existir. Acompanhamos o primeiro amor verdadeiro dela e em contrapartida os primeiros conflitos que podem acabar para sempre com as amizades que até agora pareciam tão sólidas.
Eu devo me entregar às chances e oportunidades de uma viagem inesquecível, tornar cada momento dentro desse navio único e memorável porque eu quero e vou me lembrar dessa viagem para o resto da minha vida.
Logo no início, fiquei muito comovida com a relação de Kate com sua família, principalmente com sua mãe. É tanto difícil ver algo tão sólido na vida real que quando vejo na literatura mesmo eu me encanto. Apesar dela ser uma jovem decidida, destemida e inteligente, sempre corre para os braços da mãe em momentos de angústia. A amizade dela com Rachel também foi malgo que me identifique por ter tido uma amizade assim na adolescência. Elas são tão diferentes, mas mesmo assim se completam. O que me chateou em relação as amizades foi só o conflito que acontece logo no início entre Rachel, Steve e Joana que a Kate acaba sendo colocada a prova por ter que escolher um dos três para proteger em algo que ela não deveria nem fazer parte, achei desnecessário pra história toda mesmo tendo compreendido a situação, pensei que poderia ter sido levado para um próximo livro e não ter feito parte desse.
A narrativa é toda em primeira pessoa, claro que isso tem seus prós e contras, se por um lado você fica sempre conectado a protagonista e pode aprender mais sobre ela a cada página, por outro você pode se irritar com suas atitudes ou achar chato algumas situações que ela passa, nesse livro aconteceu as duas coisas comigo. Kate é uma mocinha ótima e faz uma dupla perfeita com Peter, mas algumas coisas que ela passa com seus amigos e até com a família do Peter como com a tia dele que inferniza a vida dos dois o máximo que pode, que foram muito complicadas pra mim, tiveram momentos que eu quis entrar no livro e mostrar que aquilo estava muito errado, pena que não dá.
Peter é um homem dos sonhos de muitas meninas. Ele é simplesmente lindo, loiro, carismático, compreensivo e romântico. - quase certeza de esse ser o motivo da série chamar Um conto quase de fadas -, mas o que me impediu de me conectar ao relacionamento dos dois foi o de sempre, aquele meu receio com o amor instantâneo. Mesmo que o relacionamento dos dois foi evoluindo gradualmente, eles já se mostram apaixonados em um primeiro momento, isso me impede uma ligação maior com a história porque eu sempre fico com um pé atrás.
Para aquela que consegue envergonhar até as rosas com a sua beleza. - Peter
O livro é bom, mas faltaram algumas coisas para que fosse perfeito porque em algumas partes a narrativa me cansou por descrever algumas sensações de uma forma muito estranha pra mim e os conflitos dos amigos que já citei que para mim poderiam ter tido menos destaque ou não existido nesse primeiro livro. Em cada início de capítulo tem um trecho de música - eu fiquei toda boba quando vi Secrets do One Republic que tanto amo entre eles - que dá uma ideia do que esperar naquele capítulo.
Quero parabenizar a autora por se arriscar em escrever uma história com tantas páginas em sua estreia e com conteúdo suficiente para preenchê-las. Recomendo para quem gosta de um romance imprevisível e encantador desde o primeiro momento e que acima de tudo, tenha paciência para aguardar o desenrolar da trama porque as coisas acontecem devagar, mas de forma satisfatória para o leitor que consegue se conectar com a história.