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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Playlist: Dez músicas que valeram a pena em 2013


O ano foi muito bom pra mim literariamente falando. Como vocês podem ter percebido, li mais do que ano passado e tive muitas surpresas boas. Mas é na área musical?

Quem me acompanha no twitter ou observou a nova ilustração do blog (que nem é mais tão nova assim), deve ter percebido que adoro música e não largo meus fones de ouvido. Por isso resolvi fazer uma seleção de dez músicas que gostei de conhecer esse ano.


Vale lembrar que Onze:20 tem um lugar especial no meu coração e teve até um post aqui dedicado a banda. Com certeza em 2014 eu continuarei acompanhando os meninos porque a vibe deles é muito bacana.

Enfim, chega de papo. Hora de conferirem as músicas e assistir os vídeos das músicas escolhidas.




Espero que vocês tenham gostado das músicas.
Deixem nos comentários as músicas que vocês curtiram durante o ano.


sábado, 28 de dezembro de 2013

Resenha Dupla: O histórico infame de Frankie Landau-Banks




Título: O histórico infame de Frankie Landau-Banks
Autor(a): E. Lockhart
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765206
Páginas: 344
Ano: 2013
Skoob | GoodReads 
Compre: Buscapé
Aos catorze anos, Frankie Landau-Banks era uma garota comum, um pouco nerd, que frequentava a Alabaster, uma escola tradicional e altamente competitiva. Mas tudo muda durante as férias. Na volta às aulas para o segundo ano, o corpo de Frankie havia se desenvolvido, e ela havia adquirido muito mais atitude. Logo ela chama a atenção de Matthew Livingston, o cara mais popular do colégio, que se torna seu novo namorado e a apresenta ao seu círculo de amigos do último ano. Então Frankie descobre que Matthew faz parte de uma lendária sociedade secreta - a Leal Ordem dos Bassês -, que organiza traquinagens pela escola e não permite que garotas se juntem ao grupo. Mas Frankie não aceitará um "não" como resposta. Esperta, inteligente e calculista, ela dará um jeito de manipular a Leal Ordem e levantará questionamentos sobre gênero e poder, indivíduos e instituições. E ainda tentará descobrir se é possível se apaixonar sem perder a si mesma.
Nota do Léo

Minha nota 

Para conferir a opinião do Léo, confira o vídeo:



Agora é hora de conferir o que eu achei.

Desde que a Diana, responsável pelo marketing e os parceiros da Cia. das Letras e seus selos, falou um pouco sobre a paixão dela por esse livro no evento que mediamos na Bienal fiquei extremamente curiosa para saber o que a protagonista tinha para nos dizer e, como vim com a prova do livro pra casa, não demorei a tirar a minha curiosidade.

Um verão é o suficiente pra transformar a vida de Frankie. Se antes ela era magricela e apenas notada pela popularidade de sua irmã mais velha Zada, agora que seu corpo evoluiu significativamente nas férias de verão, o improvável acontece e Mathew, que nada mais é que um dos meninos mais populares da escola que ela sempre se sentiu atraída passa a notá-la também. Como apenas essa mudança não basta, ela logo descobre - sem que ele saiba claro - que seu namorado faz parte da uma sociedade secreta onde apenas meninos podem participar. A partir de então, ela começa a questionar a validade de tudo isso por se achar tão esperta quanto um menino e não vai aceitar facilmente o fato de não poder participar da Leal Ordem dos Bassês, já que ela sabe que não é apenas um rostinho bonito e é tão boa, ou até melhor que eles.

Segredos são mais poderosos quando as pessoas sabem que você os tem - disse o sr. Sutton. - Conte a eles um pedacinho do seu segredo, mas mantenha o resto bem guardado.
Página 65

Frankie é uma protagonista diferente de tudo que tenho lido ultimamente, obviamente que isso foi o que me ganhou praticamente nas primeiras páginas. Além dela não se apoiar apenas em sua beleza nessa sua nova fase, ela também não é uma típica adolescente que se lamenta, ela corre atrás daquilo que acredita que poderia mudar, sem medir esforços para que isso aconteça. Isso começa dentro da sua casa e se estende ao colégio interno que estuda, já que mesmo depois de se tornar mais popular quando retorna mais bonita, ela mantém todas as atividades nerds que praticava e não aceita o rótulo de frágil, menininha ou nada parecido quando desafia os meninos e quebra algumas regras do colégio, mostrando que é tão capaz nisso quanto os meninos.

E assim, outra possibilidade - a possibilidade na qual acredito - é a de que Frankie Landau-banks abrirá ela mesma as portas que quer atravessar.
É crescerá para mudar o mundo

Página 330

Uma parte bacana do livro pra mim, é quando em uma aula a Frankie começa a estudar sobre o modelo de controle exercido pelo sistema pan-ópitico em que os presos tem a sensação de serem observados constantemente e, só por isso, tem medo de fazer qualquer coisa que possa ser comprometedora. A forma que a autora trata o assunto mostrando com coisas cotidianas como funciona na prática para que o leitor entenda melhor é muito interessante.

Você começa a pensar que quem que seja que esteja observando você é superior. Que o observador sabe coisas sobre você que você nunca disse a ninguém.

Página 57

A única coisa que senti falta durante a narrativa foi de um crescimento maior de Frankie e seu grupo como um clã de forma similar aos meninos, fiquei esperando que aquelas meninas terminassem o livro um pouco melhores ou mais unidas do que começaram, mas pouca coisa acontece nesse sentido, por isso não encaro o livro como feminista como algumas pessoas tem falado. Pra mim é uma típica história adolescente, em que os personagens estão em evolução constante e ainda em busca de quem são e/ou querem ser, mas ainda não tem o poder de evoluir uma geração. Acaba sendo mais uma busca da Frankie em descobrir todo o seu potencial do que dos outros personagens, então já fica aqui meu aviso nesse sentido.

O final pode não agradar a todos, mas me fez pensar que no geral na vida acontece praticamente daquela forma porque nem sempre as nossas boas intenções são suficientes para nos fazer alcançar algo que pra nós é importantíssimo, mas para outras pessoas é totalmente dispensável, irrelevante. Pra mim, a autora soube dar um final crível para a história, de outra forma provavelmente não me agradaria tanto.

É melhor ficar sozinha, ela pensa, do que ficar com alguém que não te enxerga como você é. É melhor liderar do que seguir. É melhor falar do que ficar em silêncio. É melhor abrir as portas do que fechá-la na cara das pessoas.

Página 335 

Os livros foram cedidos para resenha pela Editora Seguinte.

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Resenha: A Biblioteca Perdida do Alquimista, de Marcello Simoni




Título: A Biblioteca Perdida do Alquimista
Trilogia: O mercador de relíquias vol. 2
Autor(a): Marcello Simoni
Editora: Jangada
Páginas: 368
Ano: 2013
Skoob | GoodReads
Compre: Buscapé | Submarino
Primavera de 1227. A Rainha Branca de Castela desaparece de forma misteriosa. Estranhos rumores se espalham pelo reino e alguns falam de uma intervenção diabólica. A única pessoa que pode resolver o enigma é o mercador de relíquias Ignazio de Toledo, conhecedor de ciências herméticas e notável por sua capacidade de resolver mistérios antigos. Em Córdoba, onde Ignazio foi convocado, ele encontra um velho mestre, que fala de um livro que todos procuram e que pode dar pistas sobre o desaparecimento - o lendário Turba Philosophorum, um raro manuscrito atribuído a um discípulo de Pitágoras e que preserva o expediente alquímico mais cobiçado do mundo. Porém, no dia seguinte, o mestre é encontrado morto, envenenado. A busca de Ignazio começa imediatamente. O encontro, em seguida, com uma freira e um homem considerado por todos um possuído, conduz Ignazio ao castelo de Airagne e a um misterioso homem, o Conde de Nigredo. Nesse local se oculta um terrível segredo, mas não será fácil sair dali com vida depois que ele for descoberto...

Eu tenho uma paixão enorme por livros que envolvam teorias de conspiração, principalmente quando tem algo religioso no meio por isso quando vi que a sinopse e a capa remetiam a algo nesse rumo, fiquei curiosíssima para conferir.

O livro começa quando o mercador Ignazio de Toledo, junto de seu filho Uberto e seu amigo Willalme é convocado pela corte para desvendar o misterioso sequestro da Rainha Branca de Castela e encontra um velho conhecido Galib que deixa subentendido que o mistério pode ir muito além de um simples desaparecimento da rainha e que outros interesses podem estar por trás desse desaparecimento. Para tudo ser desvendado, eles ficam encarregados de encontrar um artefato lendário denominado como Turba Philosophorum que pode ser fundamental para derrotar o inimigo mortal, o temido Conde de Nigredo.

- Entendo apenas uma coisa, minha senhora: se a Igreja persegue os perfeitos, é porque tem medo deles.
Página 91

Apesar desse ser o segundo livro da trilogia O mercador de relíquias, não é encontrada nenhuma referência sobre isso na capa, contracapa ou lombada do livro. Cheguei até a ler as orelhas minuciosamente atrás dessa informação e não encontrei quando fui marcá-lo no GoodReads e descobri isso. A partir daí, muitas coisas que inicialmente não faziam sentido durante a leitura ficaram compreensíveis. Mesmo sendo uma história independente com começo, meio e fim nesse livro, a construção da relações dos personagens que possivelmente se inicia no primeiro livro, é meio confusa e isso me fez ler alguns trechos iniciais mais de uma vez para poder me situar melhor na história.

Sem dúvida isso foi uma parte do motivo de eu ter ficado um pouco perdida no início do livro, já que não conseguia me conectar aos personagens e aos lugares, mas por volta da página 50 isso começou a se resolver e a leitura se tornou muito mais ágil do meio do livro em diante já que o autor sabe construir situações que me deixaram curiosa para descobrir, mas não chegou a ser tudo o que eu esperava.

Ignazio é um protagonista tão enigmático quanto a sua investigação que tem um certo bloqueio em demonstrar afeto as pessoas próximas dele e percebemos isso quando acompanhamos seu filho e ele relembra um pouco da relação deles, de como ele e a mãe são tratados pelo pai. Isso foi um bem triste pra mim que sou extremamente maternal mesmo que não tenha sido algo muito trabalhado pelo autor. Isso foi sem dúvida algo que me prendeu mais do que o mistério em si porque eu queria saber a qual caminho isso levaria os personagens.

- Quem eram os soldados? Por que queria lhes fazer mal?
- A crueldade e a violência não precisam de motivos.
Página 254

Apesar dos pontos negativos, a trama tem toda a ação e suspense que a sinopse promete, mas foi suficiente para me distrair e envolver, o que faz valer a pena a leitura. Indico para quem gosta do gênero e pretende se arriscar. A diagramação é muito boa com fontes confortáveis e folhas amareladas, a capa a editora manteve a mesma da versão original que é bem bonita.

Espero que tenham curtido, até a próxima pessoal.

Esse livro foi cedido para resenha pelo Grupo Editorial Pensamento.

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Promoção: Aniversario do blog O Livreiro


Em Novembro o O Livreiro completou um ano no ar e, para comemorar o aniversário, em Dezembro estão sendo realizadas várias promoções. Como não poderia deixar de ser, nós do Leitora Incomum, nos juntamos ao O Livreiro e sortearemos dois kits especiais para os nossos leitores.

As promoções, que se iniciam hoje, seguem até o dia 23 de Janeiro de 2014.

Para participar, é necessário apenas preencher os formulários do Rafflecopter (caso tenha dúvidas de como fazê-lo, sugerimos esse Tutorial) abaixo, ler as regras nos Termos e Condições e torcer!

kit 4
  1. Bruxos e Bruxas + O Dom, Histórias sem Fim,
  2. Teardrop, Leitora Incomum
  3. Reiniciados, Apaixonada por Livros,
  4. Liberta-me, Poderosas & Girlies
  5. Starters, In Bookshelf
  6. Ladrões de Planeta, O Livreiro
  7. Legend, Ler e Imaginar
  8. Prodigy, O Livreiro
  9. Sussurro, Vivendo Cada Tempo,
  10. Limiar, O Livreiro
  11. Dezenove Luas, O Livreiro
  12. A 5ª Onda, O Livreiro
  13. Oksa Pollock e o Mundo Invisível, Sincerando

kit 5


  1. Uma Questão de Confiança, Murmúrios Pessoais,
  2. Bem Mais perto, My Book Lit,
  3. A Segunda Vez que te Amei, Na Cabeceira da Cama,
  4. A Vez da minha vida, Asas Literárias,
  5. Aconteceu em Paris, Escondidos no Livro,
  6. Tipo Destino, Biblioteca Esmeralda,
  7. O Amor Mora ao Lado, Pausa Para um Café,
  8. Os Adoráveis, Cooltural,
  9. Mais uma Chance, Parafraseando Livros,
  10. Era uma vez uma primeira vez, Quatra amigas e um livro viajante,
  11. Meu amor, meu bem, meu querido, Por Essas Páginas,
  12. Chá de Sumiço, O Livreiro

domingo, 22 de dezembro de 2013

Série: Drácula






Título Original: Drácula
Gênero: Drama/ficção/fantasia
Status: Série estreante
Canal de estreia: NBC (EUA)
Mais informações
Drácula é uma série de ficção, que estreou na TV americana em 25 de outubro deste ano. Produzida pela Carnival Films para a NBC e Sky Living, foi criada por Cole Haddon, como uma releitura do livro Drácula de Bram Stoker (1887). Dan Knauf, criador da série da HBO Carnivàle, é escritor e diretor, em colaboração com Haddon.
Fonte


A série se passa em Londres, na década de 1890, onde Drácula usa a identidade de um empresário americano, chamado Allen Grayson (Jonathan Rhys Meyers, de The Tudors). Ele deseja trazer a ciência moderna para uma sociedade vitoriana, ou seja, para uma era cheia de moralismo e disciplina, com preconceitos rígidos e punições severas. Mas, Allen esconde um segredo, um caminho cheio de ódio e ressentimento. Seu único objetivo, é vingar-se das pessoas que destruíram a sua vida no passado. Porém, o destino é implacável e reservá-lhe muitas surpresas, entre elas, Mina Murray (Jessica DeGouw, de Arrow), uma garota que parece ser a reencarnação de sua falecida esposa.

Fonte


Disfarçado de cidadão americano, o protagonista da série esbanja elegância e disciplina. Ele conta com a cumplicidade de um assistente, Renfield (Nonso Anozie, de Game of Thrones), um paciente psiquiátrico que se tornar seu braço direito. Já, Mina, é uma das primeiras mulheres da época a se dedicar ao estudo da Medicina, e é noiva de Jonathan Harker (Oliver Jackson-Cohen, deMr. Selfridge), um jornalista muito ambicioso. A série também conta com Lady Jane (Victoria Smurfit, de The Clinic), uma mulher sensual, e um tanto vulgar, que participa da Ordem do Dragão, uma organização secreta que possui negócios em diversas áreas, mas é através do monopólio de petróleo que pretende dominar o mundo. Mas para impedi-los, Drácula investe na criação de energia sem fio. Uma corrida pela modernidade marcada por vingança e ódio.

Fonte
Fiquei super ansiosa com a estreia da série, uma vez que, se trata de uma releitura de um dos mais famosos vampiros já criados (e olha que a lista de vampiros cresce a cada dia). É, Drácula é realmente uma grande aposta, e por isso eu esperava mais do início da série. Um clã do mal, liderado por um bando de velhos bêbados, me pareceu "não muito inteligente". E a história de: "vou me vingar daqueles que me separaram de minha amada", está um pouco clichê demais (e olha que, sou a primeira a curtir um bom romance em séries, mas está na hora de inovar um pouco hahahaha). No entanto, não posso deixar de ressaltar que estou gostando da atuação de Jonathan (mas também com dimdim que ele está recebendo, o mínimo esperado é uma belíssima atuação, né?!). 

A série também é bem adulta, nada de vampiro de cabelo espetado e que brilha no sol (nada contra gel de cabelo e brilhar com diamante, mas o Drácula, seria forçado demais). Mas, enfim, acredito que, como uma adaptação de um famoso clássico, Drácula deve ousar e até transformar-se, mas sem deixar de reverenciar a sua base. Vou acompanhar o desenrolar da série e ver se ela supera minha expectativas, espero realmente que sim!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Playlist: Treze músicas de Glee que eu adoro


Recentemente terminei de assistir a terceira temporada do seriado Glee. Mesmo não tendo gostado muito do rumo que ela tomou a partir da segunda temporada, sempre esbarrava em uma versão bacana de alguma música e isso me motivava a persistir e pensando nisso surgiu a inspiração para essa playlist.

Escolhi treze músicas que eu realmente gostei das versões alternativas, umas marcaram por eu não gostar tanto da versão original e terem me arrebatado, outras por serem tão bem interpretadas por eles e que eu gosto muito de ouvir.




Aumente o som e escute as músicas que eu selecionei e deixe a sua opinião sobre elas - ou não - nos comentários. Se preferir, abaixo da playlist com as músicas tem uma playlist com os vídeos, mas infelizmente nem todos estão em boa qualidade.

Glee para Blog by Fernanda Souza on Grooveshark



E aí gostaram? Tem alguma versão de outra música cantada por eles que vocês gostam?
Beijos e até a próxima.

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Resenha: Cósmico, de Frank Cottrell Boyce




Título: Cósmico
Autor(a): Frank Cottrell Boyce
Editora: Seguinte
Páginas: 336
Ano: 2012
Skoob | GoodReads
Compre: Buscapé | Submarino
Liam Digby é um garoto comum de doze anos. Um garoto comum de doze anos muito, muito, muito alto. E com um pouco de barba. Algumas pessoas até achavam que ele era um adulto. Cósmico é a incrível história de como Liam contou algumas mentirinhas, quase roubou um Porsche, visitou um parque de diversões e meio que acidentalmente foi parar no espaço.


Confesso que quando o livro foi lançado não dei muita atenção pra ele, mas em novembro senti muita vontade de ler algo mais leve e seguindo as dicas da Gleice do blog Murmúrios Pessoais, solicitei esse livro para editora após o da Cornelia Funke e preciso dizer que foi mais uma bela indicação dela. 

Menti sobre minha idade.
Eu meio que dei a impressão d ter mais ou menos trinta anos. Na verdade, é óbvio que tenho treze. Ou vou ter, depois que fizer aniversário.
Página 9
Em Cósmico conhecemos Liam Digby que seria um garoto normal de doze anos se não fossem a sua altura e sua barba precoce que o fazem ser facilmente confundido com um adulto o que faz com que ele se meta em várias confusões. Por ser aluno da turma avançada é um pouco mais inteligente em algumas coisas para sua idade (ou não) e isso o ajuda a se sair bem em várias situações como um suposto adulto.



Logo no início do livro somos introduzidos nos dilemas que cercam Liam entre o que ele é - uma criança - e entre o que vivem achando que ele seja - um adulto. Coisas boas e ruins acontecem durante essas confusões, já que quando somos crianças queremos excessivamente crescer e deixar de ser tratados com inferioridade, mas isso leva o pai dele a passar por maus bocados.

E assim que funcionam os pais. Se você desaparece, eles ficam preocupados e acham que pode estar morto. Quando encontram você, querem te matar.
Página 23

Confesso que nada do que eu imaginava esse livro foi. Lembro que quando foi lançado não me despertou muito interesse e por isso não li muitas resenhas sobre ele, posso arriscar dizer que foi tudo uma surpresa porque só li a contra capa quando o livro chegou e não tem nada muito revelador por lá, isso foi muito bom pra mim em partes já que eu esperava apenas uma história fofa sobre as aventuras de um garotinho e o livro é bem mais que isso.

Liam é aquele tipo de personagem que te leva a refletir sobre várias coisas e me fez como mãe ficar dividida por várias vezes me identificando com os "julgamentos" que ele faz dos adultos, de como eles lidam entre si e com as crianças. Ele nos leva a refletir por aí, quantas gafes a gente comete sem perceber depositado as nossas expectativas nos filhos sem saber se é o que eles querem e fiquei feliz porque é algo que vim refletindo ao longo do ano só que aqui foi de uma forma mais ampla.

Se por um lado essa carga emocional é positiva para alguns, pode ser negativa pra outros e tornar a leitura por vezes tediosa já que o livro é carregado de emoções e frases de efeito para refletir as relações de pais e filhos. Outra coisa que me incomodou na narrativa foi que alguns fatos foram explorados no decorrer da história, mas não foram tiveram um desfecho foram simplesmente "esquecidos" e como eu não gosto de ficar tirando as minhas conclusões, fiquei um pouco frustrada, se não fosse por essas duas razões sem dúvida eu daria cinco estrelas.

Descobri que ser pai é um esporte competitivo. Você precisa achar que seu filho é o melhor de todos. Você até mesmo deve tentar convencer os outros de que seu filho é o melhor de todos. Você tem que se orgulhar dele.
Página 108

A narrativa é toda em primeira pessoa pelo ponto de vista do doce Liam, mas não só o protagonista nos ensina muito sobre a infância e nos faz refletir o rumo que muitos pais querem que seus filhos sigam, mas também outras crianças que cruzam seu caminho diante de alguns imprevistos enfrentados e achei isso bacana porque não fica preso a um estereótipo de filho o que fez com que a leitura flua bem, já que no início achei que ficaríamos presos só no que Liam e encarei isso como algo que poderia me cansar, mas felizmente isso não aconteceu.
"Aqui é legal", disse Max, "porque só estamos nós. Ninguém nos obriga a vencer, sorrir, estudar ou ganhar dinheiro."
Página 306
Achei a diagramação muito bacana, a capa é linda toda metalizada e a fonte agradável para leitura. O texto é bem revisado sem erros que podem incomodar a leitura. Recomendo a leitura para pais e filhos, já que tem muitas coisas que merecem ser refletidas nessa história.

Esse livro foi cedido para resenha pela Editora Seguinte.

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Resenha: O Lírio Dourado, de Richelle Mead




Título: O Lírio Dourado
Série: Bloodlines, volume 2
Autor(a): Richelle Mead
Editora: Seguinte
Páginas: 242
Ano: 2013
Skoob | GoodReads
Compre: Buscapé | Submarino
Em sua última missão, a alquimista Sydney Sage foi enviada a um colégio interno na Califórnia para proteger a princesa Moroi Jill Dragomir, e assim evitar uma guerra civil entre os vampiros que certamente afetaria a humanidade. Porém, a convivência com Jill, Eddie e principalmente Adrian leva Sydney a perceber que talvez os Moroi não sejam criaturas tão terríveis assim - e ela passa a questionar os dogmas que lhe foram ensinados desde a infância. Tudo se torna ainda mais complicado quando Sydney descobre que talvez tenha a chave para evitar a transformação em Strigoi, vampiros malignos e imortais, mas esse poder mágico a assusta. Igualmente difícil é seu novo romance com Brayden, um cara bonito e inteligente que parece combinar com Sydney em todos os sentidos. Porém, por mais perfeito que ele seja, Sydney se sente atraída por outra pessoa - alguém proibido para ela. E quando um segredo chocante ameaça deixar o mundo dos vampiros em pedaços, a lealdade de Sydney será colocada mais uma vez à prova. Ela confiará nos alquimistas ou em seu coração?


O Lírio Dourado pode ser definido em duas palavras e elas são: eletrizante e surpreendente. Essa resenha vai precisar começar com um leve spoiler, mas creio que isso seja algo que fique subentendido visto que isso se trata de uma trilogia, portanto a personagem principal precisa se manter viva. No último livro Sydney começa a se descobrir, tanto como ser humano como ser sobrenatural, ela começa a fazer pequenos questionamentos sobre os dogmas impostos pelos alquimistas e agora, na continuação, ela continua com esses pensamentos ‘errados’ e eles ganham um forte impulso graças a uma descoberta inimaginável.



Embora a série seja sobre vampiros e a relação deles com humanos, nesse livro é mais trabalhado o aspecto emocional de todos os personagens, o livro contém cenas fortes de ação, mas no geral ele é obra voltada para os grupo ao redor de Sydney e a própria Sydney que começa a descobrir sentimentos que ela nem ao menos sabia que existiam.

Dar detalhes sobre a trama pode levar a algum spoiler então eu realmente prefiro me abster disso, a sinopse do Skoob que se encontra acima revela detalhes legais sobre a obra e mantém a aura de mistério que eu considero necessária para deixar o leitor curioso, então recomendo que ela seja lida haha.

Ok, gracinhas a parte, esse segundo livro é bem diferente do primeiro, enquanto o primeiro é introdutório a esse universo pós Academia de Vampiros (VA, do inglês Vampire Academy), nesse livro as apresentações já foram devidamente feitas e os personagens novos tem chance de marcar lugar no coração dos apaixonados por VA e apaixonar aqueles que, como eu, não conhecem a série, lendo o segundo eu senti que o primeiro realmente ficou nas ‘asas’ de VA, entretanto, O Lírio Dourado ainda não conseguiu marcar Bloodlines como algo original, nesse volume são inseridos mais alguns personagens de VA, ou seja, mais spoilers e menos marca para Bloodlines. Eu vejo a série e consigo sentir que ela tem realmente potencial, em alguns momentos ela poderia prosseguir sem se manter tão ligada na outra, mas por algum motivo eu sinto que a Richelle não consegue se desapegar dela e por isso inclui personagens dele em Bloodlines e isso é frustrante para quem não leu VA ainda.

- Uma vez Rose me falou de um poema que havia lido. Tinha um verso que era: "Se seus olhos não estivessem abertos, você não saberia a diferença entre sonhar e estar acordado." Sabe do que tenho medo? Que algum dia, mesmo com os olhos abertos, eu não saiba."
Página 243

Mas ainda sim eu recomendo a leitura, a série é muito bacana, estou começando a entender a Sydney e gostando dela, o que pode ser considerado grande coisa já que tenho graves problemas com protagonistas. Ah! Vale ressaltar que esse livro é bem mais leve que o primeiro, eu não tenho muita certeza se isso é algo bom ou ruim.

Antes de dizer tchau preciso dizer uma última coisa: A-D-R-I-A-N!! Leia o livro e você entenderá que o isso significa *risada maléfica*.

Alguém já leu? Pretende ler? Comentem...rsrs’.

Beijos e até ano que vem \õ/.

Esse livro foi cedido para resenha pela Editora Seguinte. 

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Novas Parcerias: Editora Selo Jovem e Editora Edelbra


Dezembro normalmente é um mês sem muitas novidades e com muitos compromissos por conta dos preparativos para as festas de fim de ano e viagens. Aqui não está sendo nada diferente, estamos em uma correria doida e Arthur de férias precisa de companhia para ler, assistir e brincar. \o/

Agora deu para vocês perceberem o motivo do meu sumiço das redes sociais, mas "cá" estou para anunciar duas parcerias que o blog conquistou esse mês, espero que vocês curtam tanto quanto eu e que 2014 seja promissor com mais essas duas editoras no time de parceiras.

Conheçam um pouco do trabalho das Editoras Selo Jovem e Edelbra.

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A selo jovem foi fundada em Dezembro 2012, oficialmente reconhecida como empresa no mês de Março 2013, com CNPJ e o registro na fundação Biblioteca Nacional tornamos uma empresa apta a trabalhar no mercado editorial.

Preparados para ingressar nesse mercado, demos os primeiros passos e publicados nossos primeiros livros, entre nossos títulos estavam O mundo de Marguerite Sülever, Memórias do Fantasma Atormentado e Os livros de Esteros. Como toda empresa estreante tivemos problemas com preços, qualidade e prazos, mas jamais desistimos e continuamos trabalhando a fim de ganhar experiência e amadurecer a cada dia.
Hoje, com um ano de trabalhos prestados contamos com 12 títulos publicados e outros 8 aprovados em processo de edição. Nossos profissionais obtiveram experiência e aprenderam a trabalhar de maneira simples e objetiva, atualmente contratamos profissionais na área de revisão e buscamos por novos trabalhadores nas áreas e marketing e traduções. (futuramente estaremos traduzindo autores estrangeiros e comercializando nossos livros em outras línguas).

Apesar de novos no mercado, somos conhecedores das dificuldades encontradas no Brasil, tanto para escritor / Editor. Atualmente temos planos para distribuir nossos livros em livrarias físicas e virtuais, em 2014 teremos um ano de CNPJ e uma carta de apresentação de qualidade, assim poderemos entrar em contato com as livrarias e oferecer os nossos produtos. O mercado literário nacional é muito concorrido e as obras internacionais ganham a preferência dos leitores, isso é fato, entretanto, acreditamos que aqui no Brasil existem grandes talentos e nós estamos preparados para abrir espaços a estes autores.

Alguns títulos da editora, para saber mais clique na imagem

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A Edelbra, mais do que Editora e Gráfica, é um grupo de empresas que multiplica conhecimento e, com isso, muda a vida das pessoas. É movida por desafios. Ultrapassa limites evoluindo sempre.

Edelbra Editora. Conhecimento além dos limites.

A Edelbra Editora é uma empresa diferente. Uma empresa que vai além dos seus próprios limites e dos limites do mercado em que atua. Que vem assumindo desafios, se reinventando e hoje apresenta uma produção consistente voltada para a educação básica.

Vai além dos limites porque, mais do que entregar um produto, multiplica conhecimento. Seja através dos livros que publica, dos projetos educacionais ou da relação de parceria que tem com seus clientes.

A Edelbra Editora vem desenvolvendo um catálogo inovador, composto por obras de importantes autores brasileiros e internacionais, com apuro editorial e acabamento cuidadoso.

Tudo isso nos faz seguir sempre além dos limites há 40 anos.

Alguns títulos da editora, para saber mais clique na imagem


   

        

Espero que vocês tenham curtido tanto quanto eu, até a próxima.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Entrevista: Peterson Silva


Oi pessoal estou aqui para apresentar a entrevista que fiz com o Peterson Silva, um escritor muito talentoso que conheci alguns anos atrás.

Autor Peterson Silva - foto de arquivo pessoal
O Peterson escreve ficção, já tem um livro publicado chamado M10, que narra a história da Vanessa uma dona de casa que um dia percebe que o diário em que ela fazia anotações está num local onde ela não colocou e quando ela vai olhar o local onde ela lembrava de ter deixado o diário há um diário quase idêntico àquele que ela encontrou, inicialmente ela não se da conta, mas com o decorrer do tempo ela percebe que aquele diário que ela achou voltou no tempo. Eu gostei muito do livro e recomendo a leitura, vocês podem conferir mais sobre ele aqui.

Atualmente ele vem trabalhando na série Controlados, que é uma série que fala sobre magia, ainda não tive a oportunidade de iniciar a leitura, mas tenho fé que ele vem fazendo um bom trabalho. O mais legal dessa série é que quem quiser poder acompanhar tudo online e de graça através do site da série, lá você pode fazer o download dos capítulos em pdf, epub, ler online e também comprar a versão física do Volume I - A Aliança dos Castelos Ocultos. Ah! Também tem a loja Controlados, onde você pode comprar camisetas, botons, mousepad e até case para celular! Vocês não ficar de fora dessa né?! 

E fazendo uma doação a partir de R$ 5 ou comprando a edição física ou comprando um dos produtos da loja Controlados você ganha acesso ao Universo Estendido, um cantinho onde você terá acesso exclusivo a documentos e rascunhos da produção, a história de vida de vários personagens, conteúdo extra sobre a mitologia e simbologia da série, conteúdo extra sobre a história de Heelum, capítulos extras e ainda acesso antecipado aos novos livros. O que você está esperando para participar logo dessa? Opa, calma ai, antes de ir não deixe de conferir o papo que tive com o Peterson (:

Thalita: Qual a pior e a melhor parte de ser um escritor?
Peterson: A pior parte - e acho que no Brasil isso fica pior ainda - é a dificuldade de promover seu trabalho. Num país que prestigia escritores e o hábito de ler, mas não lê nem faz, em geral, esforço pra cultivar e gerar novos escritores, promover e engajar as pessoas no que você faz é mais complicado. Pense nas outras artes: se você for um fotógrafo, é fácil promover o seu trabalho. Só mostre suas fotos; cada uma demora uns 5, no máximo 10 segundos pra contemplar. Mesma coisa com um pintor, um artista plástico, e principalmente um músico - jogue sua música no youtube e é muito simples o caminho do público em potencial com a sua música. É direto, é jogo rápido, e praticamente todo mundo gosta de música. Mas o que eu vou fazer pra promover o meu trabalho? Eu chego pra alguém com um xerox da primeira página do livro e peço pra pessoa ler? Recito pra alguém algumas "frases marcantes"? Isso não representa o trabalho de um escritor. A pessoa tem que ir lá e ler. Isso leva mais tempo do que as pessoas geralmente tem - repito, isso no Brasil. Não que fosse mais fácil lá fora, mas quando o hábito de ler é mais pervasivo, é mais fácil a pessoa de fato ouvir a sua recomendação, ir lá pegar o livro e começar a ler.
E, bem, a melhor parte é o trabalho em si. Antes de qualquer divulgação, de qualquer preocupação com quem vai ler ou como, a criação em si é boa demais. Todo o tempo que se passa pensando os personagens, construindo uma trama, arquitetando o futuro e principalmente a dor de que ter que passar isso tudo pro papel - mas é uma dor boa.

Thalita: A questão da divulgação literária no Brasil é algo complexo, o Governo não investe, o Brasil é tradicionalmente um país com poucos leitores, um país onde só a "classe alta" tem acesso e no qual ficou muito marcado que só lê quem não trabalha, sendo assim tem tempo. Divulgação de livros já é algo difícil isso juntamente com os problemas do Brasil torna divulgar ainda mais difícil e com a quantidade de conteúdo disponível atualmente é quase impossível diferenciar aquilo que vale a pena ser lido do restante das coisas. Creio que o boca a boca não é um problema apenas brasileiro, a quantidade do que é produzido é absurdamente grande por mais que você conheça a pessoa ou então ouça algum comentário positivo sobre a obra ou ainda que goste da ideia principal nem sempre o leitor vai ter tempo e oportunidade para ler aquela obra, eu mesma passo por isso, tenho vários livros aqui que sou louca para ler, mas nunca tenho tempo. Tornar o livro mais desejado pode até ajudar, mas de pouco adianta em meio a tudo o que é lançado diariamente. O ser humano vem produzindo e publicando coisa demais, vai chegar um momento que iremos todos enlouquecer com tanta informação T_T .

T: Você escolheu a escrita ou ela lhe escolheu?
P: Posso pegar uma saída de emergência apelando pra dialética? =P
Acho que depois de um tempo "escolhendo" a escrita ela começa a fazer mais parte de você enquanto modo de expressão preferido. Mas acho que hoje em dia seria realmente difícil não escrever. Acho bom que a escrita tenha continuado a me escolher e ainda me escolha :)

T: O que te inspira para escrever?
P: As opressões do mundo, eu acho. Mas o que acho mais inspirador - e acho que é uma mudança que tem a ver com a minha formação em sociologia - é a forma de ação (e também reação) das pessoas frente às situações. Acho esse impulso humano, esse frágil livre arbítrio, uma coisa muito interessante e que está no centro das histórias mais legais. Vai ver por isso que o meu gênero preferido é o realismo fantástico. Colocar as pessoas em uma situação anormal pra ver o que elas fazem com aquilo.

T: Eu tenho um pouco de medo da reação das pessoas diante de situações anormais, no fundo no fundo eu perdi a fé na compaixão humana e isso me leva a pensar que o ser humano vai sempre reagir de forma negativa perante a situação anormal, ainda mais se a situação for negativa, sem contar a reação do ser humano perante situações anormais, mas que hoje são consideradas normais, o ser humano conseguiu transformar a miséria, o trabalho infantil, a escravidão, a poluição, a ganância, a falta de amor em algo totalmente normal, algo do dia a dia, um ser que consegue fazer isso só pode fazer algo pior, dai vem minha perda de fé na compaixão, só consigo pensar "oh, ele vai fazer algo desprezível" e se eu sei que algo desprezível virá eu não vejo motivos para continuar com aquilo heuheue, só me trata pesadelos e mais decepção com a humanidade hueheu.
P: Quanto aos comentários, eu concordo com a maioria do que você disse. Só não acho que seja uma questão de "perder a fé" na humanidade; se a fé for de que um dia todos seremos bondosos e viveremos de acordo com um certo padrão moral a fé já era meio ruim pra começar... Mas acho que podemos alcançar um certo nível de melhoria coletiva se trabalharmos pra isso =) nós não somos só isso que vemos em nossa sociedade, filtrado pela nossa mídia, condicionado pelo pessimismo... Acho que somos muito mais =}

T: Quais seus autores favoritos?
P: Eu gosto muito de Douglas Adams, Zafón, Machado de Assis, Saramago - muitos desses casam bem, note bem, com a proposta do realismo fantástico acima; do Guia dos Mochileiros ao Jogo do Anjo passando pelo Alienista e pelo Ensaio sobre a Cegueira essa é a proposta deles. Em termos de leitura eu acho que tenho me focado em algumas obras de muitos autores do que muitas obras de um só, então não tenho muita propriedade pra falar de autores na totalidade de suas obras, mas a lista é grande... Tem Tolkien, Stephen King, Dostoiévski... Os populares que também acho bons, como a Rowling e o Dan Brown, enfim.

T: Para você o que é ser um escritor independente?
P: É ter liberdade criativa. É assim simples. Não acho que isso seja conversa fiada; quando mandei o M10 pra uma editora (e olha que era uma editora daquelas que exige pagamento para a publicação, etc) os comentários da aprovação deles foram no sentido de mudar uma série de coisas na estrutura do texto - coisas intencionais, que eu queria que ficassem assim e acho que são prerrogativa do autor. Se isso acontece numa editora pequena, com um autor iniciante, o que acontece quando o autor que ainda não tem tanto "capital", digamos assim, pra bancar uma iniciativa criativa é recebido por uma editora que quer mudar alguma coisa no livro? Ao mesmo tempo, essa liberdade vem com um preço. Tem seus lados bons e ruins, eu acho.

T: Se você não fosse escritor, qual profissão escolheria?
P: Talvez alguma relacionada à linguagem, certamente - já faço trabalhos de tradução e sou professor de inglês, então acho que seria um caminho bom pra mim. Mas algo na área das ciências sociais também seria ótimo. Não descarto essa última possibilidade, até porque para ser só escritor há um longo caminho pela frente.

Como vocês podem ver o papo foi bem rápido, mas espero que isso os tenha instigado a querer conhecer mais sobre o trabalho do Peterson, autor que eu sem sombra de dúvidas recomendo. Agora sim eu deixo vocês clicarem nos links que eu coloquei acima u.u .

Curtiram a entrevista? Comentem -q

Beijos e até breve \õ

Algumas informações sobre o livro:


Título: M10
Autor(a): Peterson Silva
Editora: Bookess
Páginas: 270
Ano: 2011
Vanessa era uma dona de casa como outra qualquer. Vivia uma vida normal, tinha um filho que morava em outra cidade e, quando mais nova, escrevia em um diário. Então algo estranho e inexplicável acontece, e um homem misterioso começa a rondar a casa. Ela não sabia, mas aquilo era o começo de uma aventura inimaginável que iria mudar sua vida. Várias vezes.




sábado, 14 de dezembro de 2013

Promoção: Corações Unidos, 7 livros e 3 ganhadores


Oi gente, tudo bem?
O ano passou super rápido pra mim e com vocês foi assim também?

Agora que 2014 está cada vez mais próximo o Leitora Incomum se juntou aos blogs Cantinho da Máh, Drafts da Nica, Adoro Romances de Aracaju, Di Moça, My Book LitStoriesand Advince para tornar essa chegada mais bacana com livros.

A promoção é apara agradecer a todos que estiveram conosco esse ano lendo e comentando nossos cantinhos e compartilhando suas opiniões.



Para a festa ser mais bacana não teremos apenas um ganhador, mas sim três.

a Rafflecopter giveaway

Informações

- É obrigatório ter endereço de entrega no Brasil.
- Deixe um comentário com seu nome e o e-mail para entrar em contato.
- Nenhuma das entradas é obrigatória, é só seguir o Rafflecopter.
- Twitter, Fanpage, Instagram são chances extras.
- Promoção válida em todo o território nacional até 13/01/2014..
- O ganhadores deverão responder o e-mail que será enviado após o resultado ser divulgado em até quatro dias, caso contrário, será feito novo sorteio.
- As despesas de envio são por conta de cada blog responsável por cada exemplar e o envio será feito em até 30 dias após o recebimento dos dados do ganhador.
- Os vencedores podem escolher os livros que querem ganhar da lista. conforme a ordem do sorteio só que o primeiro fica com três livros e os demais com dois dos restantes.
- Resultado será divulgado nas redes sociais e no próprio post o mais breve possível.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Promoção: Especial Lisa Gardner


Lisa Gardner é uma autora americana que escreve (e muito bem) suspenses policiais. Por isso o Leitora Incomum se juntou aos blogs Escondidos no LivroEu Leitora para premiar um sortudo com os três livros da autora publicados pela Editora Novo Conceito.





Viva para contar (Escondidos no Livro)
Sangue na Neve (Eu Leitora)
Esconda-se (Leitora Incomum)

Para participar é necessário:

- Ter endereço de entrega no Brasil;
- Ler com atenção as regras no Terms & Conditions do formulário.
- Preencher o formulário corretamente.

a Rafflecopter giveaway

Importante:

- É obrigatório ter endereço de entrega no Brasil;
- A promoção começa hoje e termina no dia 04/01/2014;
- Caso desrespeite alguma regra, o participante será desclassificado sem aviso;
- Os prêmios serão enviados em até 30 dias úteis após o recebimento do endereço do ganhador;
- Será apenas UM ganhador para os três livros;
- Em caso de extravios dos livros ou qualquer problema com a entrega por conta do endereço incompleto ou qualquer outro problema, os blogs não serão responsáveis e nem enviarão outro prêmio;
- O ganhador receberá um e-mail e terá que responder com seus dados em um prazo máximo de 48 horas;
- Resultado será divulgado nas redes sociais de todos os blogs e nesse post o mais breve possível;

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Promoção: Ano Novo, Livros Novos


Até que enfim 2013 está acabando. \o/

Para comemorar a chegada de 2014, o Leitora Incomum se juntou com mais 5 blogs para premiar um sortudo com 7 (sete) livros.

Os prêmios são:
As violetas de março - Sara Jio (Eu Leitora)
O Guardião - Nicholas Sparks (Equalize da Leitura)
Simplesmente Ana - Marina Carvalho (Equalize da Leitura)
Espero Alguém - Carpinejar (Leitora Incomum)
Teardrop - Lauren Kate (Murmúrios Pessoais)
Morra por mim - Amy Plum (Um Leitor A Mais)
O que aconteceu com o Adeus - Sarah Dessen (Vivendo Cada Tempo)

Para participar é necessário:

- Ter endereço de entrega no Brasil;
- Ler com atenção as regras no Terms & Conditions do formulário.
- Preencher o formulário corretamente;

Boa sorte!

a Rafflecopter giveaway

Importante:


- É obrigatório ter endereço de entrega no Brasil;
- A promoção começa hoje e termina no dia 01/01/2014;
- Preencher o formulário corretamente;
- Caso desrespeite alguma regra, o participante será desclassificado sem aviso;
- Os prêmios serão enviados em até 30 dias úteis após o recebimento do endereço do ganhador;
- Será apenas um ganhador para todos os livros;
- Em caso de extravios dos livros ou qualquer problema com a entrega por conta do endereço incompleto ou qualquer outro problema, os blogs não serão responsáveis e nem enviarão outro prêmio;
- O ganhador receberá um e-mail e terá que responder com seus dados em um prazo máximo de 48 horas;
- Resultado será divulgado nas redes sociais de todos os blogs e nesse post o mais breve possível;


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Resenha: Fahrenheit 451, de Ray Bradbury




Título: Fahrenheit 451
Autor(a): Ray Bradbury
Editora: Globo
Páginas: 256
Ano: 2012
Skoob | GoodReads
Compre: Buscapé | Submarino
A obra de Bradbury descreve um governo totalitário, num futuro incerto mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instaladas em suas casas ou em praças ao ar livre. O livro conta a história de Guy Montag, que no início tem prazer com sua profissão de bombeiro, cuja função nessa sociedade imune a incêndios é queimar livros e tudo que diga respeito à leitura. Quando Montag conhece Clarisse McClellan, uma menina de dezesseis anos que reflete sobre o mundo à sua volta e que o instiga a fazer o mesmo, ele percebe o quanto tem sido infeliz no seu relacionamento com a esposa, Mildred. Ele passa a se sentir incomodado com sua profissão e descontente com a autoridade e com os cidadãos. A partir daí, o protagonista tenta mudar a sociedade e encontrar sua felicidade.

" — A escolaridade é abreviada, a disciplina relaxada, as filosofias, as histórias e as línguas são abolidas, gramática e ortografia pouco a pouco negligenciadas, e, por fim, quase totalmente ignoradas. A vida é imediata, o emprego é que conta, o prazer está por toda parte depois do trabalho. Por que aprender alguma coisa além de apertar botões, acionar interruptores, ajustar parafusos e porcas?"

Fahrenheit 451, de Ray Bradbury é um clássico, isso é inegável. Possui uma forte crítica social, assim como 1984, de George Orwell e Crime e Castigo, de Dostoyevsky. Porém, enquanto Orwell usa de um cenário distópico fictício e Dostoyevsky se baseia em um forte regionalismo, Bradbury foi aquele que mais se aproximou de nossa realidade atual como um mundo globalizado. Fahrenheit 451 é um livro mais contemporâneo hoje do que quando foi lançado. E temo que possa até mesmo ser uma previsão para o futuro.
Nele acompanhamos a história de Guy Montag, um "bombeiro" em um mundo onde todas as casas e construções são à prova de fogo. E o que faz ele, então? Ele queima livros.

Na cabeça impassível, o capacete simbólico com o número 451 e, nos olhos, a chama laranja antecipando o que viria a seguir, ele acionou o acendedor e a casa saltou numa fogueira faminta que manchou de vermelho, amarelo e negro o céu do crepúsculo.
Página 15

Ler livros é proibido. Ler um simples livro já é motivo suficiente para ser preso e ter sua casa incinerada. Escolas não os usam mais, o trabalho foi reduzido a algo mecânico, automático, robótico e todo o entretenimento é imediato e instantâneo. O mundo berra cores e explode sons para todos os lados. As pessoas olham para tudo isso, admiram tudo isso, mas não enxergam nada. Essa é a realidade de Fahrenheit 451, na qual todos acreditam estar mais felizes do que nunca, inclusive nosso protagonista.

Porém, quando Montag conhece sua nova vizinha Clarisse, uma jovem que manteve seu espírito puro em meio a tanta loucura, ele mesmo começa a questionar essa realidade. Será que é mesmo feliz? Será que realmente vive bem com sua esposa? Será que seu trabalho é realmente correto? Dúvidas e mais dúvidas começam a surgir em sua mente.

Fazendo o papel de antagonista encontramos capitão Beatty, chefe do quartel onde Montag trabalha. Diferente dos outros, Beatty parece ter ciência de tudo aquilo que passa pela cabeça de Montag, como se aqueles mesmos pensamentos já tivessem ocorrido a ele. Mas Beatty não se sente atormentado por dúvidas e incertezas. Pelo contrário, Beatty é a própria representação do caos (mal) disfarçado que o rodeia. Um homem esclarecido, culto e que entende as consequências terríveis de seus atos, mas que mesmo assim abraça e protege um sistema nascido da covardia e da comodidade. Ele é o mal consciente, aquele que não se engana quanto ao caminho escolhido. 

Deixar você em paz! Tudo bem, mas como eu posso ficar em paz? Não precisamos que nos deixem em paz. Precisamos realmente ser incomodados de vez em quando. Quanto tempo faz que você não é realmente incomodada? Por alguma coisa importante, por alguma coisa real?
Página 80

Ray Bradbury inovou não apenas na ideia, mas também na escrita de seu livro. Em muitos momentos ela é muito rápida e resumida, usando palavras simples seguidas de pontos finais (um exemplo meu: Andar. Olhar. Entrar. Sair. Andar. Deitar. Dormir.) para assim representar a rapidez e simplicidade do mundo em Fahrenheit 451. Tudo é movimento e velocidade, nada pode ficar parado aqui. Qualquer coisa que precise de uma maior apreciação é logo descartada em favor do fácil e do cômodo. 

As pessoas esqueceram como pensar. Não, não apenas esqueceram. Elas não querem mais.

A razão para Fahrenheit 451 ser um livro tão contemporâneo é justamente essa. Vivemos um início de milênio onde o pensamento está cada vez mais rápido, dinâmico, mas não necessariamente melhor. Temos menos paciência para entender as coisas e mais vontade de estabelecer padrões simples. Queremos entretenimento que não exija esforço de nossa parte. Queremos menos desafios e mais ação. Queremos nos distrair mais e deixar nossas mentes vazias, para assim nos sentirmos confortáveis com nós mesmos.

O resultado de todos esses desejos está em Fahrenheit 451, um livro excelente que eu recomendo para absolutamente todos. Ele lançara uma nova luz sobre o mundo ao seu redor. E para quem almeja ser escritora ou escritor, o posfácio e a coda são especialmente interessantes e inspiradores

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.