Título: A vida em tons de cinza
Autor: Ruta Sepetys
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580410167
Ano: 2011
Número de páginas: 240
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1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada. Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria. Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe. No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos. A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias.Minha opinião
Os que já acompanham o blog sabem o quanto o tema guerra me atrai para um livro e com esse não poderia ser diferente. A primeira vez que vi a capa, me senti tão atraída por ela que fui atrás de maiores informações, quando vi que falava de um assunto tão pouco citado, tive certeza de que precisava ler.
Nenhuma das resenhas que li me fez concluir exatamente como o tema era abordado, então posso dizer que comecei a leitura sem nenhuma expectativa além da que encontraria uma ótima estória, por isso não houve decepção alguma.
Logo nas primeiras páginas, já me dei conta do drama que seria vivido pela família da nossa protagonista Lina Vilkas. Os soviéticos aparecem em sua casa no meio da noite e levam ela, sua mãe e se irmão. A parti dali, tudo o que ela sonha e espera do futuro passa a ser totalmente incerto. A família começa a lutar diariamente em busca de sua sobrevivência - não morrer nem de fome e nem por conta da violência sofrida - , além de ter que superar a perda de seu pai que foi levado para um outro lugar.
Ao contrário do que eu esperava, não chega a ser um romance ou um drama, afinal todo o livro é baseada em fatos reais. Trata-se mais de um informativo sobre o período em que essas famílias da Estônia, Letônia e Lituânia foram privadas da sua liberdade. O livro é ótimo como base de reflexão, informativo e carregado de informações que eu desconhecia sobre a história até então.
A autora soube transmitir sua mensagem de forma leve e atrativa, não tem uma narrativa pesada e cansativa. O livro é narrado em primeira pessoa, passando as impressões de Lina de acordo com cada experiência vivida nos campos de concentração.
Uma lição de vida para quem acredita que vive de forma ruim ver que muita gente já viveu de forma bem pior e não perdeu a fé, o amor e a confiança em si mesmo. Recomendo a leitura.
Quotes
A autora soube transmitir sua mensagem de forma leve e atrativa, não tem uma narrativa pesada e cansativa. O livro é narrado em primeira pessoa, passando as impressões de Lina de acordo com cada experiência vivida nos campos de concentração.
Uma lição de vida para quem acredita que vive de forma ruim ver que muita gente já viveu de forma bem pior e não perdeu a fé, o amor e a confiança em si mesmo. Recomendo a leitura.
Quotes
- Os homens bons muitas vezes são mais práticos do que bonitos - disse mamãe. - Andrius tem a sorte de ser as duas coisas. (Página 116)
Por que eu iria ceder as pessoas que cuspiam na minha cara e me atormentavam todos os dias? Se eu lhes entregasse minha dignidade, o que iria me restar? (Página 119)
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