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terça-feira, 17 de abril de 2012

Info Post
Todos os leitores que acompanham o blog sabem muito bem o quanto eu estou ansiosa para o lançamento de Equinócio da autora parceira do blog Lu Piras. No mês passado, organizei um post para recolher perguntas de vocês leitores para a autora e hoje venho trazer o resultado dessa parceria. Estou torcendo para que ele seja lançado antes do dia 12/05 para ser meu presentão de aniversário hehehehehehe.
Já me desculpo pela demora em sair a entrevista, mas houveram desencontros entre mim e a Lu, sendo assim não foi possível sair antes. Agradeço a paciência de todos.

Abaixo vocês conferem a capa completa de Equinócio que será lançado em breve pela Editora Dracaena. Eu achei a arte linda, parabéns a todos os envolvidos.


Agora confiram o resultado da entrevista com a fofa da Lu no vídeo abaixo com uma surpresa no final. O vídeo ficou extenso, mas vale muito a pena assistir até o final.


Transcrição da entrevista:

Perguntas do blog Leitora Incomum

1. Como foi todo o processo do momento em que você começou a procurar editora até a certeza da publicação de Equinócio? 
Lu Piras: Terminei de escrever os quatro livros em junho de 2010. Fiz uma breve revisão e decidi que era o momento de enviar para as editoras. Eu não estava preparada para a dificuldade que seria. Não tinha conhecimento suficiente de mercado, pois tinha acabado de entrar para a faculdade de produção editorial. Ao longo do curso fui me apercebendo das barreiras das editoras ao escritor nacional, principalmente o de primeira viagem, tendo em conta a alta competitividade do mercado e a necessidade de gerar lucro rápido. Diante dessa certeza, eu comecei a desanimar. Não tinha um agente literário e não queria gastar dinheiro nisso, sem certezas de retorno. As cartas negativas chegaram, algumas que diziam explicitamente: “Lamentamos, mas não publicamos autores nacionais”. Outras, eram menos deselegantes, mas não menos desagradáveis, eram cartinhas de praxe que demonstravam nitidamente que ninguém havia pego nos meus originais para ler. Fiquei ainda mais desestimulada e, acabei por sucumbir ao que nunca pensei que fosse fazer. Ao tempo. Deixei o tempo adormecer meu sonho. Só em meados de 2011, ao reencontrar uma amiga, é que ela me fez acordar. Me falou de grupos literários que tinham surgido e da diferença que estavam fazendo no mercado. Que havia uma chance. Até então, eu desconhecia essa nova fase da literatura nacional, não conhecia outros autores e, muito menos, a imensidão da blogosfera literária. Fiquei agradavelmente surpresa com a receptividade que tive na blogosfera quando criei meu blog, em dezembro de 2012. A criação do blog foi um marco, pois a partir de então, uniu-se uma corrente de apoio à “causa Equinócio”. Com a petição online, o site, a fanpage e tudo o que eu criei para chamar a atenção das pessoas para o livro. Isso não só atraiu a atenção de futuros leitores, mas também de editoras. A editora Dracaena se interessou pelo meu percurso e resolveu me dar uma chance. Pediu meus originais. Em um vez tinha sido avaliado e aprovado. E, desde então, não canso de dividir essa alegria com todos os que me acompanharam nessa jornada. Você, Fê, e todos os blogueiros e amigos que fiz nessa blogosfera. 

2. Por que escolheu a Dracaena em caso de ter tido outra proposta? 
LP: Eu tive outra proposta que surgiu antes da Dracaena e cujo envio de originais tinha sido minha iniciativa. A editora ficou bastante interessada, mas o contrato não me cativou. A Dracaena surgiu de repente e me ofereceu mais do que uma oportunidade. Foi a editora que realmente me abriu a porta. 

3. Quais são suas expectativas para o lançamento de Equinócio? Está animada? 
LP: Se estou animada? Estou animada, ansiosa, tensa, feliz da vida! Minhas unhas nunca mais foram as mesmas! Em tudo o que faço na minha vida, tenho sempre as melhores expectativas. Sempre acredito que o sucesso aparece quando trabalhamos na direção certa. Eu procuro me manter na direção certa, não atropelando nada, seguindo sempre em frente e com o foco bastante objetivo e nítido diante de mim. Não pode ter erro. Eu acredito no que faço.

4. O que te fez ter a certeza de que se tornar escritora, consequentemente se envolver com todo o ramo editorial, já que agora você estuda essa área? 
LP: Sou advogada por profissão, mas a advocacia nunca fez meus olhos brilharem. Talvez porque eu não tenha me encontrado na profissão. Eu sempre gostei de escrever, desde pequena. Sempre gostei de contar histórias, de inventar personagens e até mesmo de conversar com eles. Nunca me achei esquisita por isso, mas nunca me apercebi daqueles sintomas. Eu já estava destinada a me tornar escritora. Tantos rumos eu segui e nenhum deles me aproximou da minha verdadeira vocação. A vida me arrastou por caminhos que não tinham nada a ver comigo. Quando cheguei no limite, comecei a olhar para dentro. Estava de volta ao Brasil depois de anos vivendo fora e fui empurrada a tomar uma decisão sobre o futuro. O curso de produção editorial chegou neste momento, de redescoberta. E, com ele, simultaneamente, eu já estava redescobrindo a minha verdadeira paixão. Uma paixão da qual nunca vou me separar de novo. 

5. Fale sobre a sua faculdade atual (nome do curso, o que estuda no curso e porque o escolheu). 
LP: Eu faço faculdade de Produção Editorial na UFRJ. Sempre foi um sonho estudar na universidade federal, mas eu estudei na PUC direito. Sempre foi um sonho escrever um livro, mas eu só podia escrever petições e recursos. Quando abri os olhos, estava na UFRJ e escrevendo um livro. Correr atrás dos sonhos é sempre o caminho certo. Não deixá-los morrer. O curso de PE é vasto e muito interessante. É um curso teórico, mas não deixa de lado a prtática. Começa-se a estagiar logo (ao contrário de direito) e existe um mercado grande, que precisa de nós e que está em constante expansão. Em PE aprende-se a resenhar, revisar, diagramar, criar capas, aprende-se sobre história, comunicação, mídia, linguagens audiovisuais, layout, tipografia, enfim... aprendemos a usar vários recursos e o melhor aproveitamento das ferramentas para produzir um trabalho literário.

6. Deixe um recado para os blogueiros parceiros que apoiaram e ainda vão apoiar muito Equinócio e um convite aos futuros leitores do seu livro.
LP: Aos blogueiros parceiros e todos os blogueiros literários, eu tenho muito a agradecer. Não canso de fazer isso, pois nunca vou esquecer toda atenção que sempre deram à “causa Equinócio”. Eu falo em causa por conta do alvoroço que criei em torno da publicação. Minha intenção, desde sempre, foi dizer “Ei, eu existo e tenho um livro muito legal!”. Eu fui ouvida e os blogueiros amplificaram a minha voz. Obrigada. 
Aos futuros leitores que pacientemente aguardam pelo lançamento, desde já agradeço muito a confiança e todo o carinho que já recebo, as palavras de incentivo. Isso é o meu motor, o que me impulsiona e me faz olhar para trás com um sorriso e para frente com o mesmo sorriso. Eu sei que, com vocês e por vocês, tudo sempre valerá a pena.

Perguntas enviadas pelos leitores e blogueiros

1. Qual a sua maior dificuldade na escrita do livro? Começar, terminar, clímax? 
(Vanessa Sueroz, São Paulo, SP - Blog Vanessa Sueroz)
LP: Olá, Vanessa! Quando escrevo, sou tomada por uma onda de emoções. Depois do brainstorm, tudo começa a acontecer naturalmente. O começo é muito fácil e o fim também. Eu já sei o ponto de partida e onde quero chegar, mas não sei ainda os caminhos até o grand finale. O clímax é o mais difícil, pois dependerá dos rumos que a história tomar. É difícil definir o momento certo de acontecer, porque eu sinto que me foge ao controle. Os acontecimentos se desenrolam sozinhos e não sou eu que defino o clímax, mas os personagens e as decisões que tomaram. É estranho entender, talvez, mas escrever é isso. É quase um rapto. Eu fico seqüestrada pelos sentimentos dos personagens e ajo conforme eles querem até o final. 

2. Olá! Sou a Rapha do blog Doce Encanto. Primeiro quero parabenizar pela iniciativa, achei muito legal. É muito bom saber que mais pessoas se preocupam em incentivar e divulgar a literatura nacional!!! *-* Quanto a minha pergunta: a Lu é formada em direito e trabalhou por anos em Portugal, certo? Quero saber de onde ela tirou coragem para largar tudo e decidir correr atrás do sonho dela, se foi muito difícil tomar essa atitude. Beijos, Rapha
(Raphaela Christante Oliveira, Porto Ferreira, SP - Blog Doce Encanto)
LP: Oi Rapha! Obrigada pela pergunta. Eu trabalhei por muitos anos como jurista, em entidades do governo português. Eu sempre fiz o possível para me identificar com aquele serviço, mas sabia, no meu íntimo, que faltava algo na minha vida. Minha vida fora do país estava atrelada a vários compromissos pessoais e profissionais, mas chegou um momento em que eu não encontrava mais sentido em continuar forçando a barra, representando algo que eu não queria ser. Não sei bem de onde veio a coragem. Acredito que de uma necessidade de reviver. Reviver quem eu sempre fui antes de deixar o Brasil e mesmo a minha época de estudante de direito. Eu sentia falta de estudar, de me dedicar a algo que eu gostasse. Então, vi que existia o curso de produção editorial no Brasil e, como já não agüentava de saudade do meu país, da minha família e amigos, eu quis voltar. Recuperei minhas raízes, meus sonhos, meus referenciais e voltei a escrever. 

3. Quais as suas expectativas quanto ao livro e aos personagens? Terminando o livro você conseguiu se desapegar dos personagens ou não? 
(Gabriela Laganowski Reis, São Paulo, SP - Blog Ilusões Noturnas) 
LP: Oi Gabi! Obrigada pela pergunta. As expectativas são sempre as melhores. Me dediquei exaustivamente durante os meses em que o escrevi e ainda mais no processo de revisão para que ele ficasse perfeito. É claro que não se pode agradar a gregos e troianos, pois não existe unanimidade e eu também não quero criar expectativas irrealistas. Eu sou otimista, mas sou realista. Meus personagens também são. Eles são cativantes. Criei a personalidade de cada um, mas eles ganharam asas sozinhos e sim, eles me conquistaram de tal modo que ainda hoje, “converso” com eles em pensamento. 

4. Achei super criativa a ideia! Eu queria saber, de todos os lugares do mundo, qual desses lugares mais combinaria com o casal de Equinócio? 
(Pedro Henrique Almada, Belo Horizonte/MG & Rio de Janeiro/RJ - Blog Inspirados) 
LP: Oi Pedro! Obrigada pela pergunta! Adorei a pergunta! Bom, sem dúvida o Rio de Janeiro é o lugar de Clara e Nate. É onde se conhecem e onde a história acontece. O Rio foi escolhido não só pelas paisagens (inspiradoras!), mas por que é aqui que tenho as minhas referências. Eu quis inserir a protagonista no ambiente que eu conheço. Não por ser mais fácil, mas por parecer mais verossímil para mim. Eu quis aproximar a Clara e os restantes personagens do nosso universo brasileiro e o Rio de Janeiro representa isso muito bem. 

5. Qual a dificuldade que você encontrou em escrever um livro que tem temática de anjos – assunto que está na moda?Não tem receio de “Equinócio” ser encarado como “apenas mais um livro de anjos”? 
(Gleice Couto, Rio de Janeiro/RJ - Blog Murmúrios Pessoais)
LP: Olá, Gêmula! Obrigada pela participação! Gleice, eu sabia que a sua pergunta seria impactante. Você não nega o jornalismo na veia! Quando eu comecei a escrever Equinócio, em novembro de 2009, não conhecia ainda nenhum livro de anjos. Logicamente, eu quis pegar carona no sucesso de histórias como Crepúsculo, com cujo estilo de narrativa me identifiquei muito (ressalto estas características: primeira pessoa, linguagem direta, diálogos, descritivo sem ser cansativo, muito romance). Como adoro romances sobrenaturais, não conseguiria me sentir mais à vontade com outro tema para um primeiro livro. Eu sempre adorei os mistérios em torno dos anjos e estudar angelologia foi um prazer para mim. Foi quando eu vi a capa do livro de arte (essa história eu já contei umas mil vezes, me perdoem ser tão repetitiva!) na livraria. A capa trazia a escultura Eros e Psiquê de Antônio Canova. Ali eu imaginei todo um enredo mitológico e me senti atraída a escrever sobre ele. Pesquisando sobre angelologia no site da Amazon descobri, além de muitas enciclopédias sobre o tema, os livros Fallen, de Lauren Kate e Hush Hush, de Becca Fitzpatrick. Meu coração ficou na boca. Eles ainda não tinham chegado no Brasil, mas chegariam a qualquer momento. Eu sabia que precisava correr e publicar a minha ideia. Por isso, uma das primeiras coisas que fiz foi registrá-la no Biblioteca Nacional. Em Julho de 2010 eu já tinha os quatro livros escritos e registrados. Bom, ninguém pode dizer que eu copiei nada, rsrsrsrs. Mas a verdade é que eu senti receio de saturar o mercado de livros sobre anjos. Mas, depois de ler TODOS os livros sobre anjos do mercado (agora, em 2012 posso dizer isso), esse medo passou. Equinócio é muito diferente. Existem, é claro, algumas semelhanças das quais não se pode fugir (exemplo: os grigoris, os nephilim, anjos caídos e seus conceitos), mas a história que eu criei é a que, a meu ver, a que mais se aproxima da verdadeira mitologia angelical e mais despretensiosa também. Os anjos são anjos e não demônios. Os anjos têm livre-arbítrio como nós, mas não podem amar como nós. Existem muitos dilemas e muita filosofia em torno desses conceitos e eu não os ignorei como a maioria das autoras de livros de anjos fez. Além disso tudo, a história de Equinócio tem o diferencial de se passar no Rio de Janeiro. Podemos nos identificar muito com os personagens e entendê-los melhor sob o referencial que conhecemos. Eu quis tornar Equinócio uma história muito verossímil com ponto de vista e identidade próprias. 

6. Olá, Lu! Bem, não sei se ainda é cedo para pedir, mas não vou aguentar. Equinócio tem continuação? E espero que o livro venha logo, pois não agüento mais esperar. Retornando, você já pensa em criar outros livros, outras histórias, outras maravilhas para viajarmos? Beijão! 
(Débora Cristina Borba, Mariópolis, PR)
LP: Olá, Débora! Obrigada pela pergunta e pelo carinho! Sim, Equinócio tem continuação. É o primeiro livro de quatro. Penso em criar outras histórias sim. Tenho dois projetos sobrenaturais YA em andamento e mais um (não sobrenatural) que é mais voltado para o público adulto, um estilo mais Nicholas Sparks, rsrsrs. Todos s meus projetos necessariamente serão romances, pois é o que eu gosto de criar e escrever. 

AGRADECIMENTOS 

Eu quero agradecer todos vocês que acompanharam essa entrevista até aqui e, em especial, a querida Fernanda do blog Leitora Incomum que teve a ideia dessa entrevista coletiva. Obrigada aos blogueiros amigos e parceiros que enviaram perguntinhas. Adorei ter estado aqui nesse papo com vocês e dividir um pouco mais sobre mim e sobre Equinócio. 
É um sonho que está se realizando e não é só meu. Muitos de vocês fazem parte dele, acompanharam desde o início. Para vocês, que estão sempre do meu lado, eu vou ler um trecho de Equinócio, direito da prova diagramada que foi aprovada na semana passada. Em breve, Equinócio estará seguindo para a gráfica para se tornar livro. É com muita emoção, ansiedade e alegria, que eu estou aqui agora. 


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