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sábado, 28 de dezembro de 2013

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Título: O histórico infame de Frankie Landau-Banks
Autor(a): E. Lockhart
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765206
Páginas: 344
Ano: 2013
Skoob | GoodReads 
Compre: Buscapé
Aos catorze anos, Frankie Landau-Banks era uma garota comum, um pouco nerd, que frequentava a Alabaster, uma escola tradicional e altamente competitiva. Mas tudo muda durante as férias. Na volta às aulas para o segundo ano, o corpo de Frankie havia se desenvolvido, e ela havia adquirido muito mais atitude. Logo ela chama a atenção de Matthew Livingston, o cara mais popular do colégio, que se torna seu novo namorado e a apresenta ao seu círculo de amigos do último ano. Então Frankie descobre que Matthew faz parte de uma lendária sociedade secreta - a Leal Ordem dos Bassês -, que organiza traquinagens pela escola e não permite que garotas se juntem ao grupo. Mas Frankie não aceitará um "não" como resposta. Esperta, inteligente e calculista, ela dará um jeito de manipular a Leal Ordem e levantará questionamentos sobre gênero e poder, indivíduos e instituições. E ainda tentará descobrir se é possível se apaixonar sem perder a si mesma.
Nota do Léo

Minha nota 

Para conferir a opinião do Léo, confira o vídeo:



Agora é hora de conferir o que eu achei.

Desde que a Diana, responsável pelo marketing e os parceiros da Cia. das Letras e seus selos, falou um pouco sobre a paixão dela por esse livro no evento que mediamos na Bienal fiquei extremamente curiosa para saber o que a protagonista tinha para nos dizer e, como vim com a prova do livro pra casa, não demorei a tirar a minha curiosidade.

Um verão é o suficiente pra transformar a vida de Frankie. Se antes ela era magricela e apenas notada pela popularidade de sua irmã mais velha Zada, agora que seu corpo evoluiu significativamente nas férias de verão, o improvável acontece e Mathew, que nada mais é que um dos meninos mais populares da escola que ela sempre se sentiu atraída passa a notá-la também. Como apenas essa mudança não basta, ela logo descobre - sem que ele saiba claro - que seu namorado faz parte da uma sociedade secreta onde apenas meninos podem participar. A partir de então, ela começa a questionar a validade de tudo isso por se achar tão esperta quanto um menino e não vai aceitar facilmente o fato de não poder participar da Leal Ordem dos Bassês, já que ela sabe que não é apenas um rostinho bonito e é tão boa, ou até melhor que eles.

Segredos são mais poderosos quando as pessoas sabem que você os tem - disse o sr. Sutton. - Conte a eles um pedacinho do seu segredo, mas mantenha o resto bem guardado.
Página 65

Frankie é uma protagonista diferente de tudo que tenho lido ultimamente, obviamente que isso foi o que me ganhou praticamente nas primeiras páginas. Além dela não se apoiar apenas em sua beleza nessa sua nova fase, ela também não é uma típica adolescente que se lamenta, ela corre atrás daquilo que acredita que poderia mudar, sem medir esforços para que isso aconteça. Isso começa dentro da sua casa e se estende ao colégio interno que estuda, já que mesmo depois de se tornar mais popular quando retorna mais bonita, ela mantém todas as atividades nerds que praticava e não aceita o rótulo de frágil, menininha ou nada parecido quando desafia os meninos e quebra algumas regras do colégio, mostrando que é tão capaz nisso quanto os meninos.

E assim, outra possibilidade - a possibilidade na qual acredito - é a de que Frankie Landau-banks abrirá ela mesma as portas que quer atravessar.
É crescerá para mudar o mundo

Página 330

Uma parte bacana do livro pra mim, é quando em uma aula a Frankie começa a estudar sobre o modelo de controle exercido pelo sistema pan-ópitico em que os presos tem a sensação de serem observados constantemente e, só por isso, tem medo de fazer qualquer coisa que possa ser comprometedora. A forma que a autora trata o assunto mostrando com coisas cotidianas como funciona na prática para que o leitor entenda melhor é muito interessante.

Você começa a pensar que quem que seja que esteja observando você é superior. Que o observador sabe coisas sobre você que você nunca disse a ninguém.

Página 57

A única coisa que senti falta durante a narrativa foi de um crescimento maior de Frankie e seu grupo como um clã de forma similar aos meninos, fiquei esperando que aquelas meninas terminassem o livro um pouco melhores ou mais unidas do que começaram, mas pouca coisa acontece nesse sentido, por isso não encaro o livro como feminista como algumas pessoas tem falado. Pra mim é uma típica história adolescente, em que os personagens estão em evolução constante e ainda em busca de quem são e/ou querem ser, mas ainda não tem o poder de evoluir uma geração. Acaba sendo mais uma busca da Frankie em descobrir todo o seu potencial do que dos outros personagens, então já fica aqui meu aviso nesse sentido.

O final pode não agradar a todos, mas me fez pensar que no geral na vida acontece praticamente daquela forma porque nem sempre as nossas boas intenções são suficientes para nos fazer alcançar algo que pra nós é importantíssimo, mas para outras pessoas é totalmente dispensável, irrelevante. Pra mim, a autora soube dar um final crível para a história, de outra forma provavelmente não me agradaria tanto.

É melhor ficar sozinha, ela pensa, do que ficar com alguém que não te enxerga como você é. É melhor liderar do que seguir. É melhor falar do que ficar em silêncio. É melhor abrir as portas do que fechá-la na cara das pessoas.

Página 335 

Os livros foram cedidos para resenha pela Editora Seguinte.

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.

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