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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

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Título: Ligue os pontos - poemas de amor e big bang
Autor(a): Gregorio Duvivier
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 88
Ano: 2013
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Com mais de 400 milhões de visualizações em pouco mais de um ano, os vídeos do coletivo Porta dos Fundos transformaram a maneira de fazer rir no Brasil. Um dos maiores responsáveis por esse sucesso é sem dúvida o ator e roteirista Gregorio Duvivier, que tem revelado grande habilidade em transformar a tragicomédia da vida contemporânea numa provocativa salada de gags que misturam absurdo e realidade. Ligue os pontos mostra que, para além da prosa humorística, o tratamento lúdico das palavras pode render poesia de qualidade. Refinada no curso de Letras da PUC-Rio - e elogiada por autoridades como Millôr Fernandes, Paulo Henriques Britto e Ferreira Gullar -, a escrita poética de Duvivier tem foco na importância descomunal dos momentos insignificantes do cotidiano. Flashes pungentes e irônicos da adolescência - o autor é um expoente da 'geração do bug do milênio' -, o mistério da criação, as palavras e suas relações inusitadas, a experiência do amor vivido enfim como gente grande, a transitoriedade de tudo - tendo a geografia sentimental do Rio de Janeiro como pano de fundo, a constelação de poemas de 'Ligue os Pontos' revela uma dicção marcadamente individual, que flerta, contudo, com o melhor da tradição carioca nonchalante, e extrai do dia a dia compartilhado imagens de desconcertante beleza.




Bom, eu nunca fui muito fã de poesias. De vez em quando, eu escrevia algumas, mas não tinham nem pé nem cabeça e as deixava guardadas, sem mostrar pra ninguém. Isso já se fazem dois anos e até hoje, eu não aprendi como fazer uma. Risos. A poesia em si não foi um motivo para eu ler o livro, e sim o próprio Gregorio, que é altamente genial em todas as coisas que faz. Os roteiros e a atuação no Porta dos Fundos, os textos na Folha, tudo isso mostra o talento do cara. Não foi muito diferente nesse livro. A poesia de Gregorio é muito boa. Despretensiosa, bela e harmoniosa. Simples, fluida e nobre. 


Ligue os pontos é composto de dois núcleos: "Cartografia afetiva" e "Aprender a gostar muito". Durante o primeiro, os poemas circulam várias partes do Rio de Janeiro, como numa linha de ônibus. Como se cada lugarzinho falado em um poema, pertencesse ao autor e o núcleo temático se evolui em cada poema. O segundo, é o mais singelo de todos. São vários temas, que mesmo alguns sendo insignificantes, o sentimento dentro do poema é descomunal. Posso dizer que "Aprender a gostar muito" foi o meu favorito.

"depois que eu morrer espero que vocês tenham
a decência de retomar esse marasmo".
Página 79

Ligue os pontos é um livro único, mesmo que seja pequeno e rápido de ler, marca o leitor pra sempre. A escrita fenomenal, desapegada e informal dá uma sensação que o próprio está na sua frente relatando os próprios fatos. Isso cativa mais o leitor.

Não tenho nada a reclamar sobre a edição da Companhia das Letras. A leitura se torna confortável pela diagramação espaçosa e de letras num tamanho bom. Aliás, para um livro ser bom, tem que ter perfeito em todas as partes.

Se você procura um livro que lê numa sentada só e que faça você pensar muito, ele é a escolha certa. Bom, às vezes, um leitor de poesias enferrujado como eu, pode se atrapalhar um pouco e isso me fez tirar uma estrela do livro, mas se você está na ativa, tenho certeza que vai favoritar. Bom, vou correr pra ler mais e mais poesias.

Gostaram? Comentem, viu?! 
Abraços e até a próxima, pessoal. :3

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